O Homem de Bem
O homem de bem é aquele que compreende e pratica a verdadeira lei de amor, justiça e caridade. Sua conduta é pautada não apenas pelo cumprimento exterior de deveres religiosos ou sociais, mas por uma profunda transformação interior. Ele vive segundo os ensinamentos morais que eleva o Espírito e o aproxima de Deus, guiando-se mais pela consciência do que pela conveniência.
Ser bom não é apenas evitar o mal, mas sobretudo fazer o bem sempre que possível. O verdadeiro homem de bem ama o próximo como a si mesmo, respeita os direitos alheios, é indulgente com as imperfeições dos outros e severo apenas consigo. Sabe perdoar e não guarda rancor. Trabalha constantemente para vencer suas más inclinações e luta, com humildade, para tornar-se melhor a cada dia.
Um exemplo vivo dessa postura moral pode ser encontrado na conhecida Parábola do Bom Samaritano. Nela, um homem é atacado por salteadores e deixado à beira do caminho. Várias pessoas passam por ele, inclusive figuras religiosas, mas apenas o samaritano — estrangeiro e, à época, considerado inferior — se compadece e socorre o ferido, cuidando dele com dedicação. Esta imagem do samaritano representa o homem de bem em ação: aquele que não pergunta quem é o próximo, mas enxerga em todo ser humano um irmão em necessidade.
A parábola ensina que o verdadeiro valor de alguém não está em suas palavras, sua aparência ou posição social, mas em sua capacidade de amar concretamente, de se colocar no lugar do outro e agir com compaixão. A caridade, nesse sentido, vai além da esmola — é um modo de viver, de pensar e de sentir.
O homem verdadeiramente bom não se limita a amar aqueles que o amam ou que lhe são simpáticos. Ele estende sua mão ao desconhecido, ao inimigo, ao que sofre em silêncio. Sabe que, ao auxiliar o próximo, está servindo a Deus e semeando o bem que retornará multiplicado.
Mais do que um ideal inatingível, tornar-se um homem de bem é um objetivo possível e necessário. Exige esforço, vigilância e renovação diária dos pensamentos, palavras e ações. É, acima de tudo, um caminho de libertação interior que conduz o Espírito à verdadeira felicidade — aquela que nasce da paz de consciência e da certeza de estar no caminho do amor.
Fonte da Pesquisa: O Livro dos Espíritos, questão 918; O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 17 itens 3 e 4, Cap. 15, itens 3,5; Livro Parábolas Evangélicas, Cap. 14 - Parábola do Bom Samaritano - Rodolfo Caligares.
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