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Reflexões e estudos da Doutrina Espírita, baseado nas obras de Allan Kardec
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Perturbação Espiritual
O que ocorre no instante da morte?
No momento da morte, o Espírito experimenta uma espécie de desorientação. Ele não compreende de imediato que deixou o corpo físico e, por vezes, acredita ainda estar encarnado. Esse estado de perturbação varia conforme o grau de adiantamento moral e a compreensão que o Espírito possui sobre a vida espiritual.
Espíritos elevados, que já se prepararam moralmente e têm conhecimento da realidade além da matéria, recuperam-se rapidamente e retomam a lucidez. Já os mais apegados às sensações materiais, às paixões ou à ignorância, permanecem por um tempo maior em confusão, presos a lembranças, desejos ou medos terrenos.
Por que alguns Espíritos sofrem mais?
A perturbação após a morte é proporcional ao grau de pureza e desapego do Espírito. A consciência culpada, o medo do julgamento e a surpresa diante do novo estado contribuem para tornar mais longa e dolorosa essa transição.
Alguns Espíritos, por exemplo, não percebem que estão mortos e continuam repetindo hábitos da vida física, permanecendo ligados a ambientes e pessoas da existência passada. Nessas circunstâncias, a perturbação pode durar dias, meses ou até anos, dependendo do esforço do Espírito para se libertar das ilusões materiais.
A perturbação espiritual pode ocorrer durante a vida?
Sim. Encarnados também podem experimentar a perturbação, principalmente quando estão sob forte influência de Espíritos inferiores. Essas influências acontecem por sintonia de pensamentos, emoções e condutas.
Quando o indivíduo se deixa dominar por sentimentos como ódio, orgulho, egoísmo ou vício, torna-se vulnerável à ação de entidades perturbadas, que encontram ressonância nesses estados interiores. A obsessão é um exemplo de perturbação espiritual prolongada, na qual há interferência insistente de um Espírito sobre outro, prejudicando seu equilíbrio psíquico e moral.
Quais são os casos mais graves?
Há situações em que a perturbação é provocada por ideias fixas, arrependimentos, negação da realidade espiritual ou resistência em aceitar a própria morte. Espíritos que se suicidaram, por exemplo, relatam em muitos testemunhos espirituais uma profunda e dolorosa perturbação.
Eles sentem as consequências morais e fluídicas do ato, mantendo por algum tempo as sensações físicas da violência cometida. Ao despertar no mundo espiritual, enfrentam a dura realidade de que não aniquilaram a dor, mas apenas a agravaram.
Existe saída para a perturbação espiritual?
Sim. A perturbação não é eterna nem representa um castigo divino. Ela é consequência natural da ignorância, do desequilíbrio e do apego. A misericórdia divina se manifesta sempre e, com o tempo, auxílio dos bons Espíritos e vontade própria, todo Espírito pode retomar a lucidez, reconhecer sua situação e iniciar o processo de aprendizado.
A prece, o arrependimento sincero e o desejo de progresso são caminhos seguros para vencer essa condição.
Qual a importância desse conhecimento para os encarnados?
Compreender a perturbação espiritual é essencial para desenvolver uma visão mais ampla da vida e da morte. Esse conhecimento nos convida à vigilância interior, à prática do bem, à reforma íntima e ao cultivo de pensamentos elevados.
São essas atitudes que nos garantirão maior serenidade no momento da desencarnação e mais resistência às influências espirituais negativas enquanto encarnados. Em última análise, a perturbação espiritual é um reflexo da própria alma: suas paixões, seus medos e sua lucidez.
Conclusão
Conhecer a natureza e as causas da perturbação espiritual é o primeiro passo para superá-la e alcançar a verdadeira paz interior. O Espiritismo, ao explicar esse fenômeno, nos oferece luz para compreender tanto os processos da vida quanto os da morte, apontando sempre para a necessidade da evolução moral e do desapego material.
Artigo Relacionado: O Fenômeno da Morte
Referências Bibliográficas
- KARDEC, A. O Livro dos Médiuns. 2. ed. FEB, Cap. 1, item 53.
- KARDEC, A. O que é o Espiritismo. FEB, Cap. 3, itens 144-145.
- KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. FEB, questão 164; comentário à questão 165; questão 957.
- KARDEC, A. O Céu e o Inferno. FEB, Cap. 1, item 14; Cap. 17, códigos 23º e 24º.
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