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Reflexões e estudos da Doutrina Espírita, baseado nas obras de Allan Kardec
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União Definitiva da Alma com o Corpo
Aborto, Reencarnação e o Papel da Consciência
    Uma abordagem doutrinária e reflexiva sobre as questões 345 e 346 de O Livro dos Espíritos, comentadas pelo Espírito Miramez.
As tradições espíritas oferecem um olhar singular sobre o fenômeno do abortamento — espontâneo ou provocado — quando o colocamos no contexto da reencarnação. As perguntas 345 e 346 de O Livro dos Espíritos propiciam o entendimento de que a ligação entre Espírito e corpo em formação não é, em todos os casos, irrevogável; contudo, essa flexibilidade responde a leis naturais e à vontade reencarnante.
A união, em princípio, é definitiva, porém, está na vontade do Espírito reencarnante ficar ou deixar de ficar com a vestimenta em formação.
Quando a vinculação inicial entre Espírito e embrião não se consolida, surge o evento conhecido como aborto espontâneo. Nesse ponto convém distinguir três realidades interligadas: a liberdade individual do Espírito, as limitações biológicas do corpo e a esfera das provas e expiações — contextos nos quais moralidade, merecimento e lei divina se entrelaçam.
Autonomia espiritual e imposições da natureza
Existem reencarnações que se processam quase sem a consciência do Espírito; são "imposições da natureza", revela Miramez — momentos em que as Leis divinas determinam a vinda para que o aprendizado seja cumprido. Por outro lado, a reencarnação amplamente consciente — em que o Espírito planeja com lucidez seu retorno para desempenhar missão deliberada — é rara e característica de entidades de elevada envergadura moral e intelectual.
Isso explica por que grandes missionários contam com assistência espiritual organizada para sua volta ao mundo material, enquanto Espíritos comuns encontram maiores vicissitudes durante a formação do corpo. Ainda que duro, esse processo é também pedagógico: a interrupção — seja ela espontânea ou resultante de limitações orgânicas — integra o conjunto de provas que o Espírito necessita enfrentar.
Abortamentos provocados: responsabilidade humana e consequências
Miramez alerta que muitos abortamentos provocados permanecem inscritos nas contas morais da humanidade, porque decorrem de ignorância, egoísmo ou leis sociais desajustadas. Fechar as portas ao renascimento de um Espírito equivale, do ponto de vista espírita, a obstruir a própria chance de progressão que aquela vida traria.
Portanto, além do debate ético e jurídico, existe um campo espiritual onde as escolhas coletivas (leis, costumes, educação) repercutem no destino de incontáveis almas. A doutrina inspira a transformação social pela caridade e pelo exemplo, no sentido de aproximar as leis humanas das Leis do Céu.
Aspectos médicos e espirituais: defeitos congênitos e sintonia
Quando o corpo — por fragilidade ou pela vibração a ele imposta — não suporta a alma destinada, surgem os chamados "defeitos congênitos". A medicina descreve sinais e síndromes; a visão espírita amplia a interpretação para incluir a sintonia entre perispírito e veículo corporal, e as lições que o Espírito retira dessas experiências.
Em resumo: o que hoje chamamos de anomalia genética ou defeito congênito pode também ser lido, do ponto de vista espírita, como o resultado da interação entre fatores biológicos, mediúnicos e cármicos.
O papel do Evangelho e da caridade
Miramez conclama para que o Evangelho de Jesus seja vivido como norma prática, no intuito de alterar leis e costumes que prejudicam a vida. A caridade ativa, a educação moral e o acolhimento aos mais frágeis são medidas que, segundo a doutrina, reverberam não só na ordem social, mas também no destino íntimo das almas.
Pontos essenciais — resumo para o leitor
- A ligação Espírito-corpo pode ser interrompida por vontade espiritual ou por limitações orgânicas.
- Abortamentos provocados trazem implicações morais e espirituais.
- Reencarnações conscientes são raras e geralmente reservadas a Espíritos missionários.
- Defeitos congênitos podem ser interpretados como sinais da relação entre perispírito e corpo.
- A transformação social e a vivência do Evangelho reduzem as causas que fecham as portas ao renascimento.
Perguntas frequentes
1. A doutrina espírita considera o abortamento sempre uma escolha moral?
Não; distingue abortamentos espontâneos (ligados a fatores naturais e à vontade do Espírito) de abortamentos provocados, que implicam responsabilidade humana e repercussões morais.
2. Espíritos "menores" sofrem mais abortamentos?
Segundo o comentário de Miramez, Espíritos com menor merecimento ou sem ampla assistência espiritual podem enfrentar mais obstáculos durante a formação corporal — o que aumenta a incidência de perdas antes do nascimento.
3. Existe correlação entre defeito congênito e carma?
Há uma correlação possível: defeitos congênitos podem ser vistos como consequência da interação entre o histórico espiritual e as condições biológicas do nascimento; porém, a leitura espírita também valoriza o caráter educativo e redentor dessas provas.
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