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Destaques

As manifestações visuais dos Espíritos

                             Entre os inúmeros fenômenos estudados por nós no Espiritismo, poucos despertam tanto fascínio quanto as manifestações visuais dos Espíritos . Longe das superstições populares e das ilusões místicas, Allan Kardec analisa com rigor científico e clareza filosófica a natureza dessas aparições, demonstrando que elas obedecem a leis naturais ainda pouco conhecidas do homem. No capítulo VI de O Livro dos Médiuns , o Codificador revela que os Espíritos podem, em determinadas condições, tornar-se visíveis aos nossos olhos físicos, não como fantasmas imaginários, mas como realidades sutis e inteligentes que coexistem conosco no mesmo espaço. “Quando um Espírito nos aparece, não vem assustar, mas despertar. Não vem roubar a paz, vem recordar que a vida é eterna e o amor, indestrutível.” Allan Kardec Essas manifestações ocorrem pela condensação do fluido perispirítico , o envoltório se...

O sofrimento e o cão do pastor de ovelhas

                           

Em uma de suas preleções reunidas no livro À Sombra do Abacateiro, Chico Xavier, dialogando com Carlos A. Baccelli, narra uma parábola que ilustra de maneira simples e profunda o papel do sofrimento em nossa caminhada espiritual. Conta-se que:

“Um aprendiz, chegando perto de um pastor de ovelhas, perguntou: — Se uma ovelha cair na fossa, o que você fará? O pastor respondeu: — Eu a tiro e carrego. — Mas, e se a ovelha se machucar, se estiver ferida? — Eu a curo, e mesmo se estiver sangrando eu a carrego, retrucou o pastor. O aprendiz pensou demoradamente e indagou: — Mas, e se a ovelha fugir para muito longe, léguas e léguas? O pastor zeloso, fitando o grande rebanho que pastava no vale, respondeu: — Eu não posso ir atrás, porque não posso deixar todo o rebanho por causa de uma rebelde… eu mando o cão buscá-la. Chico Xavier arremata: A mesma coisa é o Cristo diante de nós. Quando nos afastamos do caminho certo, léguas e léguas, Ele não vai atrás, mas envia o cão, que é o sofrimento.”

Por que temos o sofrimento?

O Espiritismo ensina, desde O Livro dos Espíritos (questões 132 e 258), que a encarnação e as experiências da vida material têm como finalidade o progresso moral e intelectual do Espírito. O sofrimento, nesse contexto, não é um castigo arbitrário, mas consequência natural de nossas escolhas equivocadas ou oportunidade para desenvolvermos virtudes que ainda não possuímos.

Emmanuel, em diversas obras, afirma que a dor funciona como recurso educativo da Providência, despertando em nós a humildade e a compaixão. Assim, cada dificuldade ou provação é um convite para o crescimento interior.

Como o sofrimento nos encontra?

Na parábola, o sofrimento é simbolizado pelo cão do pastor. Ele é o instrumento que busca a ovelha afastada. Doutrinariamente, isso nos lembra da lei de ação e reação, descrita em Ação e ReaçãoAndré Luiz e Chico Xavier detalha de forma científica: tudo o que fazemos retorna a nós em forma de aprendizado.

Se desviamos de nosso dever, das leis divinas ou da prática do bem, mais cedo ou mais tarde o sofrimento nos encontra, não por vingança, mas porque a vida é regida por equilíbrio. Aquilo que semeamos, colhemos.

O sofrimento como lei de ação e reação

Quando escolhemos caminhos de egoísmo, orgulho ou indiferença, naturalmente atraímos experiências que nos conduzem de volta ao rebanho. Essa é a aplicação prática da lei de causa e efeito, descrita no Espiritismo.

Chico Xavier costumava dizer que “a dor é o buril divino”, lapidando a alma para que brilhe em sua essência espiritual. Assim, todo sofrimento é uma convocação para rever condutas, reparar erros e conquistar virtudes.

Como agir quando o sofrimento nos encontra?

A parábola nos ensina que não devemos ver a dor como inimiga, mas como guia silencioso. Quando o sofrimento chega, nossa atitude deve ser de aceitação ativa: compreender sua causa, buscar aprendizado e transformar a experiência em estímulo para a prática do bem.

Em vez de revolta, a paciência e a fé nos ajudam a atravessar os períodos difíceis, confiando na providência divina que, como o bom Pastor, jamais abandona seu rebanho. Nosso esforço deve se concentrar em reparar, servir e amar, pois o sofrimento cessa quando a lição é assimilada.

Conclusão

A parábola do pastor e da ovelha nos mostra que o Cristo não nos abandona, mas permite que o sofrimento — simbolizado pelo cão — nos alcance quando insistimos em nos afastar. Essa é a forma pela qual a vida nos reconduz ao caminho do amor e da luz.

Assim, cada dor deve ser vista não como derrota, mas como recurso sagrado de aprendizado. Quanto mais rápido acolhemos sua mensagem e reajustamos nosso caminho, mais cedo reencontramos a paz no seio do rebanho divino.

Bibliografia:

  • KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questões 132, 258 e 614.
  • XAVIER, Francisco Cândido. Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz.
  • XAVIER, Francisco Cândido. À Sombra do Abacateiro, em parceria com Carlos A. Baccelli.
  • DENIS, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor.

Alexandre Cunha - O Homem no Mundo

"Chico Xavier à Sombra do Abacateiro" é uma obra que resgata as memórias simples e profundas da infância de Chico, mostrando os primeiros sinais de sua mediunidade e a ternura que marcou sua vida espiritual desde cedo. Embaixo do velho abacateiro, no quintal da família, o menino Chico teve experiências marcantes que revelam a grandeza de sua missão. Um livro emocionante, ideal para quem deseja compreender a origem da trajetória do maior médium do Brasil.

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