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Destaques

As manifestações visuais dos Espíritos

                             Entre os inúmeros fenômenos estudados por nós no Espiritismo, poucos despertam tanto fascínio quanto as manifestações visuais dos Espíritos . Longe das superstições populares e das ilusões místicas, Allan Kardec analisa com rigor científico e clareza filosófica a natureza dessas aparições, demonstrando que elas obedecem a leis naturais ainda pouco conhecidas do homem. No capítulo VI de O Livro dos Médiuns , o Codificador revela que os Espíritos podem, em determinadas condições, tornar-se visíveis aos nossos olhos físicos, não como fantasmas imaginários, mas como realidades sutis e inteligentes que coexistem conosco no mesmo espaço. “Quando um Espírito nos aparece, não vem assustar, mas despertar. Não vem roubar a paz, vem recordar que a vida é eterna e o amor, indestrutível.” Allan Kardec Essas manifestações ocorrem pela condensação do fluido perispirítico , o envoltório se...

A Cólera — O Veneno da Alma

A cólera é uma das paixões mais destrutivas que o ser humano ainda alimenta: revela deficiência moral e gera consequências vibracionais.

No capítulo IX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec afirma que a mansuetude é sinal de progresso e que a cólera constitui indício de imperfeição moral (cap. IX, itens 9 e 10). A reação colérica diante das contrariedades revela o grau de domínio íntimo do indivíduo e pode agravar provas e expiações.

“A cólera é sempre um indício de fraqueza e de inferioridade.” — O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX, item 9.

 A cólera é uma reação instintiva que brota do orgulho ferido e da dificuldade de aceitar as limitações da vida. É o impulso de quem deseja controlar o que não pode ser controlado. Quando explode, revela as sombras ainda adormecidas no coração, que pedem compreensão e trabalho interior. Jesus, em sua mansidão, ensinou que a verdadeira força não está em dominar os outros, mas em dominar-se a si mesmo.

O perigo vibratório da cólera

A Doutrina Espírita nos ensina que pensamento e emoção produzem vibrações. Quando a cólera domina, o campo vibracional do agente se desarmoniza e pode atrair influências inferiores.

  • Impacto no perispírito: descargas emocionais densas afetam centros vitais e fluidos sutis.
  • Influência externa: ambientes de conflito favorecem a sintonia com espíritos afins.
  • Autoenvenenamento: a própria pessoa é moral e fisicamente prejudicada pela cólera persistente.

Como descreve André Luiz em Mecanismos da Mediunidade (cap. 4 — O Circuito da Força Mental), as descargas mentais de ódio produzem choques fluídicos capazes de desequilibrar centros vitais.

A cólera, quando recorrente, transforma-se em hábito mental e espiritual. Espíritos perturbados encontram terreno fértil nas vibrações desarmônicas, intensificando irritações e desavenças. André Luiz relata que, nas colônias espirituais, os fluidos de cólera são percebidos como densos e escuros, formando nuvens magnéticas em torno do indivíduo. Essa condição demonstra que toda emoção negativa é também uma criação fluídica, e que nossos estados internos moldam o ambiente à nossa volta.

Autocontrole: a verdadeira vitória

Domar a cólera é tarefa de reforma íntima: exige vigilância, humildade e prática diária.

Em Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel aconselha que o domínio de si é frequentemente mais eficaz do que a reação: “Domina-te, ainda mesmo que te sintas em chamas. Um minuto de cólera pode arruinar o trabalho de muitos dias.” (cap. 114 — Cólera).

O autocontrole não é repressão, mas transmutação. A energia que se gastaria em um rompante de raiva pode ser canalizada em oração, diálogo pacífico ou silêncio útil. Emmanuel explica que o domínio de si é fruto do exercício diário e não de um instante. Assim como o atleta treina o corpo, o espírito treina o coração para reagir com equilíbrio. É um aprendizado gradual, mas possível a todos que se dispõem à vigilância e à reforma interior.

Práticas úteis para vencer a cólera

  1. Respire e recue: conte mentalmente até dez; a pausa permite recuperar o raciocínio.
  2. Orações e preces curtas: invista em rituais de serenização quando sentir irromper a ira.
  3. Reflexão posterior: reconsidere a causa emocional e registre o aprendizado.
  4. Exercício do perdão: Kardec afirma que a paciência é forma de caridade aplicada às falhas alheias (E.S.E., cap. IX, item 10).

Essas práticas são mais do que técnicas; são oportunidades de educação emocional e espiritual. Em “Jesus no Lar”, de Neio Lúcio, o Cristo ensina aos discípulos que “a serenidade é o escudo da alma contra o mal”. Em cada contrariedade, podemos enxergar um convite à evolução. Ao orar e refletir antes de agir, o homem transforma o impulso em sabedoria, evitando arrependimentos e cicatrizes morais. A paciência, nesse contexto, torna-se a força que vence o tempo.

Exemplos e citações na literatura espírita

  • André LuizMecanismos da Mediunidade, cap. 4: sobre choques fluídicos e efeitos das descargas emocionais.
  • EmmanuelCaminho, Verdade e Vida, cap. 114: conselho prático sobre domínio das paixões.
  • EmmanuelVinha de Luz, cap. 103: metáfora do perdão como orvalho que apaga o incêndio da cólera.

Esses exemplos demonstram que o Espiritismo não trata a cólera como simples falha de temperamento, mas como desafio moral profundo. As lições dos benfeitores espirituais oferecem caminhos práticos e acessíveis, pois todos os dias enfrentamos pequenas situações de irritação — no trânsito, nas relações familiares, no trabalho. São nesses momentos que a doutrina se torna viva, permitindo que transformemos a teoria em ato e a ira em serenidade.

Conclusão

Ser manso é ser forte: apenas quem é forte domina a si próprio e transforma provas em oportunidades evolutivas.

O espírita consciente reconhece que cada prova de irritação é um convite à reforma íntima. Ao escolher a serenidade, afasta-se da inferioridade e aproxima-se da verdadeira força moral.

“O homem realmente grande é aquele que triunfa sobre sua própria alma.” — Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX, item 9.

 A serenidade é o perfume do amor em equilíbrio. Quando o coração se acalma, Deus fala mais claramente à consciência. Domar a cólera é libertar-se do sofrimento inútil e abrir espaço para a paz verdadeira. Cada vez que vencemos um impulso colérico, o Cristo renasce em nós. Que saibamos, então, cultivar a mansuetude como quem cultiva uma flor: com cuidado, constância e fé no poder transformador do bem.

Bibliografia

  1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. IX, itens 9–10.
  2. XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade. Cap. 4 — O Circuito da Força Mental. FEB.
  3. XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito Emmanuel). Caminho, Verdade e Vida. Cap. 114 — Cólera. FEB.
  4. XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito Emmanuel). Vinha de Luz. Cap. 103. FEB.
 Mecanismos da Mediunidade, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz, é uma das obras fundamentais para compreender, à luz da Doutrina Espírita, como se processam as comunicações entre o plano espiritual e o mundo físico. O livro une ciência e espiritualidade ao explicar, de forma clara e profunda, os fenômenos da mediunidade sob a ótica das leis naturais, revelando a responsabilidade e a importância do intercâmbio entre os dois mundos.

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