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Destaques

As manifestações visuais dos Espíritos

                             Entre os inúmeros fenômenos estudados por nós no Espiritismo, poucos despertam tanto fascínio quanto as manifestações visuais dos Espíritos . Longe das superstições populares e das ilusões místicas, Allan Kardec analisa com rigor científico e clareza filosófica a natureza dessas aparições, demonstrando que elas obedecem a leis naturais ainda pouco conhecidas do homem. No capítulo VI de O Livro dos Médiuns , o Codificador revela que os Espíritos podem, em determinadas condições, tornar-se visíveis aos nossos olhos físicos, não como fantasmas imaginários, mas como realidades sutis e inteligentes que coexistem conosco no mesmo espaço. “Quando um Espírito nos aparece, não vem assustar, mas despertar. Não vem roubar a paz, vem recordar que a vida é eterna e o amor, indestrutível.” Allan Kardec Essas manifestações ocorrem pela condensação do fluido perispirítico , o envoltório se...

Expiação e Arrependimento

                          

A trajetória do Espírito é tecida por duas leis sublimes e complementares: o arrependimento e a expiação. Segundo O Livro dos Espíritos (questões 990 a 1002), não há punição eterna, mas experiências educativas destinadas à renovação do ser. Miramez, em Filosofia Espírita, afirma que a dor e o arrependimento são “irmãos divinos que despertam a alma para o amor”. O primeiro passo do renascimento espiritual é o despertar da consciência; o segundo, o trabalho contínuo de reparação e transformação.

Na senda evolutiva, cada ser encontra, cedo ou tarde, o espelho da própria consciência. A justiça divina não se vinga, mas convida ao reajuste, mostrando que toda falta pode ser resgatada. Expiação não é castigo, e sim oportunidade; arrependimento não é fraqueza, mas força moral que inicia a ascensão.

O Arrependimento

O arrependimento é o movimento interior que marca o início da libertação. Kardec define-o como o primeiro passo para o melhoramento do Espírito. Miramez complementa dizendo que o arrependimento é “a lágrima que lava o coração cansado do erro”. Ele representa o instante em que o Espírito reconhece o desequilíbrio que gerou e deseja, com sinceridade, voltar ao caminho do bem.

Esse reconhecimento, contudo, exige maturidade espiritual. O Espírito, após experiências dolorosas, percebe que o mal praticado retorna como sombra que o acompanha. A consciência desperta o impulsiona a reconstruir o que destruiu. O arrependimento verdadeiro não se limita a remorso; ele se converte em impulso de regeneração, em vontade ativa de servir, reparar e amar.

Consequências do Arrependimento

O arrependimento sincero desencadeia profundas transformações vibratórias. O Espírito que reconhece seus erros emite novas ondas mentais e sintoniza com planos mais elevados. A paz interior começa a renascer, e a dor moral perde a força punitiva, transformando-se em aprendizado. Deus não condena, o homem é quem se condena a si mesmo quando resiste ao bem.

Com o arrependimento, inicia-se o alívio da alma. A consciência, antes mergulhada em trevas, passa a enxergar novos horizontes. O Espírito encontra amparo, inspirações e oportunidades de refazer o caminho. Mas, se o arrependimento for apenas emocional, sem ação reparadora, o progresso estaciona. O arrependimento abre a porta; o esforço constante a mantém aberta.

Arrependimento na Carne

A reencarnação é o grande campo de aplicação do arrependimento. É na carne que o Espírito tem a chance de converter sua boa vontade em gestos concretos. A vida material, com seus desafios, dores e reencontros, é o cenário onde o Espírito põe à prova seu novo entendimento. As enfermidades, limitações e laços difíceis muitas vezes representam lições planejadas antes do renascimento.

Miramez ensina que “a carne é o véu da misericórdia que oculta a vergonha moral do Espírito, oferecendo-lhe nova oportunidade”. Cada dor que o corpo sente, cada dificuldade enfrentada, tem função educativa. O arrependimento vivido na carne é ação redentora, pois transforma o sentimento em virtude, o erro em sabedoria.

Instinto do Mal e o Homem Perverso

O instinto do mal não é criação divina, mas herança do atraso espiritual. São resíduos das experiências primitivas do ser, que ainda não compreendeu a grandeza do amor. O mal é a ausência do bem, como a sombra é a ausência da luz. O homem perverso é, portanto, um ignorante em luta com a própria consciência, um doente do espírito.

Com o tempo e o sofrimento, esses impulsos inferiores vão sendo domados pela força da educação moral e das reencarnações sucessivas. Deus permite o livre-arbítrio, mas orienta pela dor e pelo exemplo dos bons Espíritos. Mesmo o mais endurecido dos corações será tocado um dia pelo arrependimento, pois o amor divino é paciente e eterno.

Diversidade e Fraco Arrependimento

A diversidade das reações morais reflete o grau de maturidade de cada Espírito. Alguns, diante do erro, se comovem e reformam; outros, mesmo reconhecendo a culpa, continuam presos à inércia. É o que chamamos de “fraco arrependimento”, em que o Espírito chora, mas não age.

Esse arrependimento superficial não produz frutos. É o sentimento que ainda teme o esforço, prefere a comodidade do arrependimento verbal ao trabalho do reajuste. Deus, porém, respeita esse tempo. Cada um amadurece no seu ritmo, e quando o sofrimento moral se torna insuportável, o Espírito decide agir. Só então o arrependimento se transforma em força viva.

Espíritos Inferiores e Expiação

Nos planos inferiores, a expiação assume feições compatíveis com as culpas e os desequilíbrios de cada um. Os Espíritos sofredores revivem mentalmente as consequências de seus atos, até que o arrependimento lhes suavize a dor. A consciência é o próprio tribunal da alma, onde a lei divina se faz sentir sem juízes nem condenações externas.

Miramez afirma que “a dor é a língua do amor divino ensinando o Espírito rebelde a pronunciar o verbo do bem”. Na expiação, o Espírito purifica-se, aprende a valorizar o que desprezou e a respeitar o que feriu. Cada lágrima se converte em semente de sabedoria, preparando-o para novas oportunidades de ascensão.

Não Basta o Arrependimento

O arrependimento é o início, mas não o fim da reparação. O Espírito deve provar sua transformação pelo esforço no bem. Kardec esclarece que “não há mérito em reconhecer o mal, se o Espírito não se empenha em fazer o bem”. O arrependimento que não gera serviço é estéril.

Miramez compara o arrependimento a uma árvore: só o trabalho constante faz florescer seus frutos. Não basta lamentar o passado; é preciso criar um novo presente. A lei divina exige mais que lágrimas — pede ação, renúncia, amor e utilidade.

Resgate das Faltas e Emprego dos Bens

O resgate é a etapa ativa da redenção. Consiste em transformar as experiências negativas em bênçãos, o sofrimento em aprendizado, e o erro em exemplo. O arrependido procura oportunidades de fazer o bem, ajudando os que sofre, cultivando a humildade e a caridade.

O emprego útil dos bens é parte essencial do resgate. Os talentos são empréstimos divinos para o bem coletivo. O uso egoísta da riqueza ou do poder gera novas dívidas, enquanto o emprego solidário multiplica o mérito. Resgatar as faltas é converter recursos, tempo e inteligência em instrumentos de amor.

O Arrependimento Não Absolve

O arrependimento é semente; a reparação é colheita. Deus não se compra com lágrimas, mas se alegra com ações que brotam do amor. Nenhum Espírito está perdido, mas nenhum se eleva sem esforço. A absolvição divina se manifesta quando o Espírito, já transformado, faz o bem espontaneamente.

A lei de causa e efeito é justa e perfeita. O arrependimento não apaga a falta, apenas indica o caminho para superá-la. O Espírito deve reconstruir o que destruiu, restaurar o que feriu, consolar o que fez sofrer. Só então o amor substitui a culpa, e a alma reencontra a paz.

Artigo Relacionado: Penas Temporais

Bibliografia

  • KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questões 990–1002. FEB.
  • MAIA, João Nunes (Espírito Miramez). Filosofia Espírita – Volume XX. Capítulos 21 a 33. 

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