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Reflexões e estudos da Doutrina Espírita, baseado nas obras de Allan Kardec
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Francisco de Assis: uma história de amor, abnegação e caridade
Poucos espíritos brilharam na Terra com a luz serena de Francisco de Assis. Sua vida foi um cântico de amor que ultrapassou séculos, uma entrega total à vontade divina. Na visão espírita, Francisco não é apenas o santo medieval da humildade, mas um mensageiro de esferas luminosas, cuja missão foi reacender na humanidade o sentido profundo da fraternidade.
Renunciando à riqueza e ao conforto, escolheu o caminho da simplicidade e da dor redentora. André Luiz o descreve como “alma que encontrou na renúncia o perfume da libertação”, pois compreendeu que servir é a mais alta forma de amar. Francisco viu Cristo nos pobres, nos enfermos e até na própria natureza, chamando de irmãos o vento, o fogo e as águas. Seu coração transbordava compaixão por tudo o que respirava.
Irmão Sol e Irmã Lua
No Cântico das Criaturas, Francisco expressa uma das mais belas orações já ditas por um ser humano. Chamava o Sol de irmão e a Lua de irmã, reconhecendo que toda a criação é extensão do amor divino. No olhar espírita, “Irmão Sol” simboliza o Espírito que ilumina pelo exemplo; “Irmã Lua”, a alma que reflete e acolhe com ternura.
Foi assim sua relação com Clara de Assis — sua companheira de jornada espiritual, não no afeto possessivo, mas no amor sublimado e cooperador. Clara completava a ação de Francisco com a doçura do recolhimento e a firmeza da fé. Enquanto ele pregava nas estradas, ela sustentava com oração e caridade silenciosa. Eram dois astros do mesmo céu moral: ele, irradiando luz ativa; ela, refletindo serenidade e esperança.
Encarnações e o retorno prometido
Diversas correntes espiritualistas apontam que o Espírito que animou Francisco de Assis teria vivido outras missões redentoras ao longo dos séculos. Alguns estudiosos o associam a personalidades de elevada vibração moral, sempre ligadas ao trabalho do amor e da pacificação entre os homens. No meio espírita, há quem afirme que Francisco voltará à Terra em breve, para auxiliar a humanidade no período de regeneração que se inicia.
A literatura espírita reconhece em Francisco de Assis uma trajetória repleta de missões iluminadas. Humberto de Campos e Emmanuel sugerem que ele teria sido anteriormente João Evangelista, o discípulo amado de Jesus, e mais tarde Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, cumprindo a promessa de “voltar quando chegasse o tempo”.
A coerência moral, a ternura e a inteligência espiritual que se repetem nessas existências reforçam a tese de uma mesma essência missionária, que, século após século, trabalha pela renovação da humanidade.
“Os mensageiros do Cristo retornam quando o mundo mais necessita de luz”, ensina Emmanuel em A Caminho da Luz. Segundo essa visão, o espírito de Francisco seria um desses missionários que, com humildade e doçura, voltará a lembrar aos homens que o verdadeiro progresso nasce do amor e da renúncia.
Francisco de Assis, exemplo supremo de entrega e compaixão, segue inspirando gerações de trabalhadores do bem. Sua mensagem continua ecoando nas vozes dos que servem sem esperar retorno, dos que amam sem pedir recompensa. Sua presença espiritual ainda paira sobre os que encontram na simplicidade o caminho para Deus.
Celebrado no dia 4 de outubro, São Francisco de Assis é lembrado em todo o mundo como patrono dos animais, da ecologia e dos que lutam pela paz. Mais do que um santo, é símbolo de um amor que ultrapassa os séculos — o amor que nasce da alma que já aprendeu a ver Deus em tudo.
O legado espiritual
Francisco e Clara de Assis são, para o Espiritismo, expressões vivas do Evangelho aplicado. Emmanuel afirma que “a verdadeira pobreza é a libertação do ego”, e Francisco mostrou isso em cada gesto. Sua mensagem permanece atual: amar é servir, perdoar, repartir, compreender — mesmo que o mundo não compreenda.
Hoje, ser discípulo do Irmão Sol e da Irmã Lua é viver o Evangelho nas pequenas ações: na bondade anônima, na palavra que consola, na renúncia silenciosa. Porque o amor, quando se torna serviço, transforma o mundo sem precisar de ruídos — apenas de luz.
Bibliografia
- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB. 
- Emmanuel & Chico Xavier - A Caminho da Luz. FEB, 1938. 
- André Luiz & Chico Xavier - Os Mensageiros. FEB, 1944. 
- Humberto de Campos & Irmão X - Crônicas de Além-Túmulo. FEB, 1937. 
- Joanna de Ângelis & Divaldo Franco - Alerta. LEAL, 1982. 
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