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Reflexões e estudos da Doutrina Espírita, baseado nas obras de Allan Kardec
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O vício mais radical: o egoísmo
Por que o egoísmo é considerado a pior das paixões e como dele derivam as ciladas que corrompem o homem nas encarnações — um estudo à luz da Doutrina Espírita.
Allan Kardec, ao organizar os ensinamentos do mundo espiritual, fez uma pergunta decisiva em O Livro dos Espíritos (questão 913): qual o vício mais radical? A resposta dos Espíritos é categórica: o egoísmo. Não se trata apenas de condenação moral, mas de diagnóstico: o egoísmo é a raiz que nutre todas as paixões inferiores — orgulho, inveja, ambição, ciúme e ódio — e as transforma em armadilhas para a evolução.
“O egoísmo é a fonte invisível de todo o mal.”
Por que o egoísmo é a pior paixão?
O egoísmo deforma a percepção do mundo: faz do indivíduo o centro absoluto, reduzindo o próximo a um meio para seus fins. Quando o amor-próprio se converte em exclusividade, o homem perde a sensibilidade moral exigida pela lei evangélica — a lei do amor e da caridade — como ensinada em O Evangelho Segundo o Espiritismo. É dessa cegueira que nascem as decisões que levam a reencarnações dolorosas e repetidas provas expiatórias.
Exemplos de encarnações marcadas pelo egoísmo
A literatura espírita apresenta narrativas que ilustram a queda provocada pelo egoísmo. Em obras como Há Dois Mil Anos (Emmanuel), temos figuras de poder e orgulho que se recusam à voz da consciência e colhem, através de séculos, o preço de suas escolhas. Senhores e governantes vaidosos que exploraram o próximo foram chamados a experiências humildes, onde a dor e a impotência lhes ensinaram o valor da compaixão.
Em relatos mediúnicos e romances edificantes, a trajetória do indivíduo que prioriza o prazer próprio mostra sequências repetidas de laços kármicos e provas: relações destruídas, doenças do corpo e do espírito, isolamento e arrependimento tardio. Essas histórias não servem só para chocar, mas para instruir: o egoísmo encurta o horizonte evolutivo e prolonga o sofrimento.
“Enquanto o egoísmo dominar o coração humano, a fraternidade será apenas palavra nos lábios.”
Como o egoísmo gera outras paixões?
O egoísmo é matriz: do seu solo surgem a inveja — porque o outro impede o nosso desejo exclusivo; o ódio — quando o outro se opõe aos nossos interesses; a ambição desmedida — quando buscamos superioridade a qualquer custo. Essa genealogia de paixões provoca cirandas de ações e reações que aprisionam o Espírito em ciclos de prova e expiação.
Antídotos segundo a Doutrina Espírita
A obra espírita fornece remédios práticos: educação moral, prece, serviço desinteressado e reforma íntima. Kardec e os instrutores espirituais insistem na vivência diária da caridade como caminho de cura. A verdadeira transformação não é teórica: exige renúncia progressiva do eu e exercício constante do amor ao próximo.
Exercícios simples — a atenção para com o outro, o perdão praticado sem orgulho, a humildade real frente ao sofrimento alheio — são meios eficazes para reduzir o ímpeto egoísta. A cada gesto de entrega, o Espírito abre uma fresta por onde passa a luz.
Conclusão: o caminho da libertação interior
Combater o egoísmo é mais do que um exercício moral — é um processo de libertação espiritual. Cada vez que o homem abre mão de um capricho, de uma palavra ferina ou de um pensamento possessivo, ele dá um passo em direção à luz. O Espírito aprende, pouco a pouco, que a felicidade não está em dominar ou acumular, mas em servir e compartilhar.
Os benfeitores espirituais nos ensinam que a verdadeira grandeza não nasce da força, mas da renúncia. E é na humildade — essa virtude silenciosa que nasce do amor — que o egoísmo começa a perder o domínio sobre o coração humano.
O Espiritismo não nos convida a negar o eu, mas a educá-lo. Ensina-nos a equilibrar o amor-próprio com o amor ao próximo, a transformar o instinto de preservação em instrumento de fraternidade. É nesse ponto que a alma desperta, compreendendo que somente amando se é realmente livre.
“O egoísmo é sombra que se dissipa à medida que a luz do amor se acende no coração.”
Que cada um de nós, em silêncio e constância, possa trabalhar pela superação desse vício radical. Que aprendamos, dia a dia, a substituir o verbo “ter” pelo verbo “ser”, e a encontrar na caridade o bálsamo que cura todas as feridas da alma. Pois, quando o egoísmo cede lugar ao amor, o homem reencontra a própria essência divina — e a vida, enfim, cumpre seu sagrado propósito.
“Vencer o egoísmo é libertar-se das correntes da dor.”
Perguntas frequentes (FAQ)
O egoísmo desaparece de uma vez só?
R: Não. A Doutrina Espírita mostra que a reforma íntima é um processo gradual que pode se estender por muitas encarnações, conforme a vontade e o esforço do Espírito.
As reencarnações servem para punir?
R: As reencarnações são oportunidades de aprendizado e equilíbrio. Quando motivadas por consequências do egoísmo, assumem caráter expiatório e educativo.
Bibliografia
- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Questão 913.
- Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulos sobre a moral evangélica.
- Emmanuel. Há Dois Mil Anos (psicografia de Chico Xavier).
- Outras obras mediúnicas sobre a renúncia e o orgulho, diversos autores espíritas clássicos.
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