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Como Superar a Solidão? A Perspectiva Espírita Sobre Abandono e Autodomínio

A Doutrina Espírita nos recorda, desde O Livro dos Espíritos (q. 766 a 772), que fomos criados para a vida em sociedade. A “lei de sociedade” não é apenas convivência: é necessidade da alma, engrenagem do progresso e campo de lapidação mútua. É junto aos outros que aprendemos tolerância, empatia, cooperação e amor. A convivência nos desperta, mesmo quando dói.

Mas vivemos um tempo em que, paradoxalmente, a solidão cresce em meio ao barulho do mundo. Pessoas rodeadas de contatos experimentam o vazio do abandono emocional, enquanto outras, mesmo cercadas de familiares, sentem-se invisíveis. A solidão doentia nasce quando perdemos o sentido de pertencimento — quando o coração não encontra eco e a alma permanece sem abraço. Isso gera angústia, depressão e um desencanto silencioso que corrói o ânimo.

O Espiritismo, porém, diferencia solidão de autodomínio. Há afastamentos que ferem — e há afastamentos que curam. A maturidade espiritual permite reconhecer quando o recolhimento é uma necessidade de renascimento interior. É quando o silêncio não sufoca, mas organiza; quando a solitude não isola, mas fortalece. Nesse estado, o indivíduo já compreendeu que mais vale a qualidade dos vínculos do que a quantidade, e que estar só — quando necessário — pode ser uma experiência profunda de verdade consigo mesmo.

Entretanto, há dores que não escolhemos. Muitos vivem a solidão imposta: filhos que se afastam, amigos que desaparecem, relacionamentos que se rompem, entes queridos que desencarnam, deixando um espaço irreparável na rotina e no coração. O abandono inesperado provoca feridas profundas, e é comum que o indivíduo interprete isso como incapacidade ou fracasso. Mas a visão espírita nos lembra que ninguém está definitivamente só: há laços invisíveis que sobrevivem à ausência física, há Espíritos protetores que acompanham cada passo, e há uma força íntima que precisa ser despertada para que a vida retome sua pulsação.

Essas perdas — humanas, afetivas, sentimentais — podem se transformar em pontos de virada. O sofrimento do abandono revela uma verdade espiritual importante: somos capazes de sobreviver e recomeçar, mesmo quando tudo parece perdido. Depender da presença constante de alguém é uma armadilha emocional que nos fragiliza. A Doutrina alerta para o risco de mendigarmos companhia, anulando nossa dignidade e nossa autonomia. O verdadeiro fortalecimento nasce quando entendemos que a afetividade é livre — e ninguém está obrigado a permanecer em nossa vida. Libertar o outro é também libertar-se.

Há também os que, diante da solidão imposta, tentam preencher o vazio com pessoas inadequadas, relacionamentos tóxicos ou convivências que diminuem o brilho espiritual. A máxima “mais vale só do que mal acompanhado” não é egoísmo: é ser seletivo com a energia que você permite que entre na sua vida. Kardec, ao falar sobre retraimento, esclarece que o isolamento absoluto fere a lei divina, mas o distanciamento prudente preserva nossa saúde emocional e espiritual. A vida social é um dever, mas a autopreservação é igualmente sagrada. Saber afastar-se de companhias agressivas, superficiais ou destrutivas não é fuga — é autodomínio.

E, ainda assim, não podemos esquecer que muitas convivências fazem parte da programação reencarnatória: familiares difíceis, laços conturbados, relações que funcionam como provas e oportunidades de reparação. Nesses casos, a convivência possível — sem submissão, sem humilhação, sem violência — é o caminho mais equilibrado. O afastamento saudável pode coexistir com o respeito, com a caridade e com o reconhecimento do livre-arbítrio do outro.

Aos que hoje sofrem com a solidão, o Espiritismo oferece um consolo luminoso: ninguém está abandonado pelo Alto. A solidão pode ser um chamado. Um apelo para reencontrar-se. Uma fase de recolhimento para reorganizar forças, curar feridas, buscar novos grupos, novas atividades, novos sentidos. Participar de trabalhos voluntários, estudar, orar, conversar, procurar ajuda profissional quando necessário — tudo isso são pontes que religam a alma ao mundo.

Solidão não se combate apenas com presença externa, mas com presença interna. O silêncio interior não é ausência — é reencontro. Que cada coração em sofrimento descubra que existe vida, valor e propósito mesmo quando a casa parece vazia. Deus não nos criou para a solidão sombria, mas para a convivência que edifica, para os encontros que transformam, para a luz que nunca abandona quem a busca.

Por Alexandre Cunha - O Homem no Mundo

Referências Bibliográficas

O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - Questões 766 a 772

Messi de Amor - Divaldo Franco e Joanna de Ângelis

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