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As Evocações Espíritas: Estudo avançado - O Homem no Mundo

  A realização de evocações no âmbito espírita é um tema de grande complexidade, reunindo aspectos históricos, filosóficos, vibratórios e morais. Ao convocar um Espírito especificamente, busca-se diálogo consciente, mas isso exige muito mais do que intenção: exige preparo doutrinário, estado de espírito elevado e ambiente energeticamente equilibrado. 📌 O que são evocações? Evocação é o ato de chamar ou solicitar a presença de um Espírito determinado , por nome, característica ou relação, com o objetivo de obter uma comunicação direta e identificada. Essa prática era comum nas sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas , organizadas por Kardec, e foi amplamente documentada em O Livro dos Médiuns . 📚 Origens e evolução histórica Desde os oráculos da Grécia antiga e os místicos medievais até os fenômenos dos séculos XIX e XX — como as irmãs Fox ou Swedenborg —, o fenômeno mediúnico já vislumbrava evocações intencionais. Allan Kardec codificou esses processos co...

Cura Magnética e Passe Espírita: Entenda a Transmissão de Energias na Doutrina Espírita

 

Virtude, Fé e Amor em Movimento

Entre as curas realizadas por Jesus, uma em especial transcende os aspectos visíveis e lança luz sobre a essência dos mecanismos espirituais que envolvem o fenômeno da cura magnética: trata-se da mulher hemorrágica que, após doze anos de sofrimento, tocou a túnica do Cristo com a certeza íntima de que seria curada. Ele, sentindo que “dele saíra virtude”, declarou: “A tua fé te curou” (Marcos 5:34).

Esta cena evangélica, além de profundamente comovente, é de altíssimo valor para o entendimento do passe espírita. Nela encontramos o elemento essencial: a fé ativa como força de atração que age sobre o campo fluídico do doador. A mulher não pediu nada, apenas sentiu com intensidade que encontraria socorro. E Jesus, repleto de amor e consciência de sua virtude magnética, deixa fluir espontaneamente o poder curador que nela atua.

O Passe Espírita: uma transfusão de energias psíquicas

Segundo Emmanuel, na questão 98 de O Consolador, “o passe é uma transfusão de energias psíquicas”. Assim como a transfusão de sangue representa o renovo físico, o passe atua como um agente de revitalização nos domínios do corpo espiritual e da mente. Seu campo de ação alcança o organismo físico, mas também o perispírito, os centros de força, o campo emocional e a vibração espiritual do indivíduo assistido.

Não se trata de mero ritual. O passe é, em sua essência, um ato de amor inteligente, amparado pelo conhecimento espiritual e pela moral do médium. Ele envolve doação fluídica, mas também sintonia, confiança, prece, e acima de tudo, respeito profundo pelo sofrimento alheio.

A origem ancestral da imposição das mãos

Há registros históricos que mostram que a prática da imposição das mãos é anterior à era cristã. Em papiros encontrados em Tebas, lê-se: “Pousa tua mão sobre o doente para acalmar a dor e dize que a dor cesse”. No Egito Antigo, os sacerdotes-médicos já utilizavam toques magnéticos como forma de cura.

No entanto, foi Jesus quem conferiu à prática a mais alta expressão espiritual. Sua condição crística permitia-lhe transmitir fluidos altamente sublimados, impregnados de compaixão, misericórdia e sabedoria. Cada gesto Seu era sustentado por uma potência moral que magnetizava tudo ao redor. Assim, a imposição das mãos deixou de ser apenas uma técnica e se tornou um sacramento de amor.

Virtude: o fluido vital que irradia do Cristo

Quando Jesus afirma que “saiu de mim virtude”, Ele se refere ao fluido vital, que, conforme nos ensina O Livro dos Espíritos (questões 60 a 67), é o princípio dinâmico que anima todos os seres vivos. Nos seres humanos, esse fluido pode ser transmitido, doado, renovado e absorvido por outras criaturas. Jesus, sendo o Espírito mais elevado que já esteve na Terra, operava com uma substância magnética de natureza sublime e incomparável.

Nos encarnados, esse fluido vital está impregnado de nossos pensamentos e sentimentos. O médium passista, ao doar sua energia, transfere parte de si mesmo — razão pela qual é indispensável que o passista cuide de sua moralidade, pensamentos e sentimentos, pois é deles que se nutre o fluido que será transmitido.

Como age o passe? A mecânica fluídica e o papel do perispírito

O passe ocorre a partir de uma interação entre fluidos espirituais e humanos, cuja ponte é o perispírito. Esta estrutura semimaterial, estudada por Allan Kardec e aprofundada por André Luiz, é composta por uma condensação do fluido cósmico universal. Ele atua como interface entre o corpo físico e o Espírito, sendo o principal receptor e distribuidor dos fluidos recebidos durante o passe.

Ao receber o passe, os fluidos penetram o centro de força coronário (localizado na cabeça), se irradiando pelos outros centros energéticos e reorganizando o campo vibracional do assistido. Segundo André Luiz, no livro Nos Domínios da Mediunidade, é na cabeça que a energia espiritual é inicialmente acolhida, pois a mente dirige o fluxo, dá sentido ao ato e estabelece a ponte com os Espíritos benfeitores.

Fluidos e sua origem: Kardec e as três formas da ação magnética

Em A Gênese, capítulo 14, Kardec descreve três modalidades de ação magnética:

  • Fluido do magnetizador humano: provém unicamente do doador encarnado, e carrega sua carga moral e vibratória.
  • Fluido espiritual: os Espíritos atuam diretamente sobre o paciente, sem mediação humana.
  • Fluido misto: o mais comum nos centros espíritas, onde os Espíritos infundem seus fluidos ao médium, que os combina com os seus próprios e os transmite ao necessitado.

Este modelo explica a cooperação entre o plano espiritual e o plano físico no momento do passe. O médium passista torna-se canal e instrumento, mas não atua sozinho. Ele é assistido por Espíritos que conhecem as necessidades reais do assistido e que manipulam o fluido de forma precisa, atuando célula por célula, pensamento por pensamento.

Condições morais do médium e do assistido

O passe é um esforço em conjunto. Não basta que o médium esteja preparado — o assistido também deve estar receptivo. Isso implica em fé, humildade, prece e disposição sincera de se curar. O passe não é mágica: é terapêutica espiritual. Assim como a mulher hemorrágica acreditou com profundidade e verdade, é preciso que cada um de nós busque a cura com abertura interior e esperança ativa.

A mente, como ensina Emmanuel, é a origem de muitos desequilíbrios. Doenças físicas frequentemente refletem desequilíbrios emocionais e psíquicos. O pensamento negativo, o desânimo, a culpa e a mágoa alteram o campo celular, debilitando o organismo. Em contrapartida, o pensamento elevado, a gratidão, a fé e a prece restabelecem o equilíbrio energético e imunológico.

A importância da prece e da sintonia com os benfeitores

O ambiente do passe é um espaço sacralizado pela prece. É por meio da oração que se estabelece a ligação entre os médiuns e os Espíritos. O médium que se concentra, que ora com sinceridade e que vibra em amor, torna-se um verdadeiro condutor de luz. Sem prece, sem sintonia mental e sem desejo sincero de ajudar, o passe se torna vazio, mecânico, e pouco eficaz.

Conclusão: o passe como missão de amor

Na questão 153 do livro Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel ensina:

“À frente dos doentes, recorda o Cristo. Não apliques o passe por mero automatismo, mas com alma fraterna e pensamento elevado.”

O passe espírita é, antes de tudo, uma manifestação de caridade. É o gesto silencioso de quem oferece seu tempo, sua energia e sua fé para aliviar a dor do próximo. Mais do que técnica, o passe é uma oração em movimento. E como toda prece verdadeira, ele só é eficaz quando brota do amor puro e da confiança em Deus.

Sigamos, pois, o exemplo da mulher que tocou o Cristo: com fé viva, pensamento elevado e o coração esperançoso de que a virtude divina, que sempre circula ao nosso redor, possa encontrar em nós solo fértil para agir.

Artigos relacionados: O Passe Espírita  | Aplicação do Magnetismo                                         


Referências bibliográficas

  • KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB.
  • KARDEC, Allan. A Gênese. Capítulo 14 – Os Fluidos. FEB.
  • EMMANUEL. O Consolador. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. FEB.
  • EMMANUEL. Caminho, Verdade e Vida. Lição 153. FEB.
  • ANDRÉ LUIZ. Nos Domínios da Mediunidade. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. FEB.
📖 Nos Domínios da Mediunidade é uma das obras mais didáticas da série de André Luiz, psicografada por Chico Xavier. O livro descreve, sob orientação do instrutor Aulus, as observações de André Luiz e Hilário Silva em diferentes situações mediúnicas, vivenciadas dentro e fora de centros espíritas. Com profundidade e clareza, a obra explora temas como:
  • Mecanismos da mediunidade de psicofonia, vidência, psicometria e cura

  • A importância da prece e da disciplina mental

  • O papel da sintonia entre encarnados e desencarnados

  • O valor moral do médium e a responsabilidade mediúnica

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