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Destaques

As manifestações visuais dos Espíritos

                             Entre os inúmeros fenômenos estudados por nós no Espiritismo, poucos despertam tanto fascínio quanto as manifestações visuais dos Espíritos . Longe das superstições populares e das ilusões místicas, Allan Kardec analisa com rigor científico e clareza filosófica a natureza dessas aparições, demonstrando que elas obedecem a leis naturais ainda pouco conhecidas do homem. No capítulo VI de O Livro dos Médiuns , o Codificador revela que os Espíritos podem, em determinadas condições, tornar-se visíveis aos nossos olhos físicos, não como fantasmas imaginários, mas como realidades sutis e inteligentes que coexistem conosco no mesmo espaço. “Quando um Espírito nos aparece, não vem assustar, mas despertar. Não vem roubar a paz, vem recordar que a vida é eterna e o amor, indestrutível.” Allan Kardec Essas manifestações ocorrem pela condensação do fluido perispirítico , o envoltório se...

Fundamentos e Finalidades da Reencarnação segundo o Espiritismo

A reencarnação é um dos pilares fundamentais da Doutrina Espírita. Longe de ser uma ideia abstrata ou meramente filosófica, ela é apresentada como uma lei natural, um mecanismo essencial para o progresso moral e intelectual dos Espíritos. Este artigo aprofunda os fundamentos e finalidades da reencarnação segundo as obras de Allan Kardec e outras fontes da literatura espírita clássica, contribuindo para estudiosos e simpatizantes compreenderem sua lógica, propósito e implicações práticas.

O que é Reencarnação?

Reencarnar significa voltar à vida corporal em um novo corpo físico. Trata-se do retorno do Espírito à matéria, com o objetivo de aprimoramento contínuo. Em O Livro dos Espíritos, na questão 167, Allan Kardec esclarece: “A alma tem muitas existências corporais; é pela reencarnação que ela se depura, até alcançar a perfeição.”

Esse retorno não é aleatório ou punitivo, mas profundamente pedagógico. Cada nova existência oferece ao Espírito a chance de reparar erros, desenvolver virtudes e avançar no conhecimento do bem e do mal.

Além disso, a reencarnação mostra-se como um elo entre passado, presente e futuro, permitindo compreender que a vida não se encerra no túmulo. Cada existência é uma etapa dentro de um processo muito mais amplo de crescimento. Esse entendimento traz serenidade diante das provas e fortalece a fé racional, pois revela que nada é em vão e que todas as experiências possuem um objetivo superior.

Fundamentos Doutrinários da Reencarnação

1. A Justiça Divina e a Igualdade das Almas

Conforme argumentado em O Céu e o Inferno (Cap. 3, itens 7 a 10), a reencarnação é a única explicação racional que concilia a justiça de Deus com as desigualdades humanas. Por que uns nascem em berço de ouro e outros em extrema miséria? Por que há crianças que morrem cedo, e outras que vivem longamente? A reencarnação responde a essas questões mostrando que cada existência é consequência de causas anteriores, e que o Espírito colherá os frutos de suas ações passadas.

Esse princípio afasta a ideia de um Deus arbitrário ou parcial, substituindo-a por uma concepção de justiça universal. O destino do ser humano não é definido pelo acaso ou por privilégios divinos, mas pelas próprias escolhas realizadas em existências anteriores. Assim, todos estão submetidos às mesmas leis, garantindo que, cedo ou tarde, cada Espírito alcance sua plenitude.

2. O Progresso Contínuo do Espírito

Em A Gênese (Cap. 11, item 33), Kardec aponta que a pluralidade das existências é uma necessidade para o aperfeiçoamento da alma. Um só corpo, uma só vida, não permite ao Espírito adquirir todas as experiências morais e intelectuais necessárias à sua evolução.

Também no Cap. 1, itens 34 a 36 da mesma obra, o codificador argumenta que a evolução espiritual é tão inevitável quanto a evolução física, sendo a reencarnação o método que permite esse progresso.

Esse ensinamento mostra que a vida é uma escola de aprendizado contínuo. O Espírito vai acumulando experiências em diferentes épocas, culturas e condições sociais, a fim de ampliar sua visão de mundo e desenvolver-se integralmente. A cada reencarnação, as virtudes adquiridas tornam-se patrimônio permanente, enquanto os erros servem de lição para novas conquistas.

3. A Missão do Espírito na Terra

A questão 132 de O Livro dos Espíritos pergunta: “Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?”. A resposta é clara: “Deus a impõe com o fim de fazê-los chegar à perfeição.” Kardec comenta que é por meio da vida corporal que o Espírito enfrenta provas, desenvolve-se e contribui para a harmonia do mundo em que vive.

Já na questão 222, a obra aprofunda o mecanismo da reencarnação, abordando temas como lembrança de vidas passadas, escolha das provas e reencontros com Espíritos afins ou desafetos.

A missão, portanto, não se limita ao progresso individual. Cada Espírito é chamado a cooperar com o avanço da humanidade, seja por meio de pequenos gestos de amor no seio familiar ou por grandes contribuições sociais e espirituais. Desse modo, a vida terrena transforma-se em campo de serviço, aprendizado e solidariedade, alinhando o destino pessoal ao coletivo.

Finalidades da Reencarnação

1. Expiação e Prova

Ao reencarnar, o Espírito pode estar em missão, prova ou expiação. Nas palavras de Kardec, a expiação é o resgate de faltas pretéritas, enquanto a prova é uma oportunidade de progresso moral. Ambas ocorrem sob as leis da justiça e da misericórdia divina.

Exemplo disso pode ser lido no livro Memórias de um Suicida, psicografado por Yvonne do Amaral Pereira, onde o Espírito relata como, após um período de sofrimento no plano espiritual, recebeu a oportunidade de reencarnar em condições difíceis, visando resgatar seu passado e crescer espiritualmente.

O Espírito após vivenciar um período doloroso no plano espiritual — marcado por perturbações, arrependimento e aprendizado no Hospital Maria de Nazaré — é acolhido por benfeitores espirituais que lhe oferecem a oportunidade de reencarnar. Essa nova encarnação, cuidadosamente planejada, apresenta condições físicas e emocionais desafiadoras, como a cegueira congênita, não como punição, mas como meio de reparar os danos causados pelo suicídio anterior e de promover seu progresso moral. A escolha dessas provas é feita com sua participação consciente, evidenciando a pedagogia divina da reencarnação, onde a dor se transforma em instrumento de redenção e evolução.

Esses relatos espirituais ajudam a compreender que os sofrimentos terrenos possuem uma razão superior. Quando encarados com resignação e fé, tornam-se ferramentas de burilamento interior, preparando o Espírito para novas conquistas.

2. Reparação e Reconciliação

A reencarnação permite aos Espíritos reconciliarem-se com antigos adversários. Famílias difíceis, laços conflituosos e até situações traumáticas podem ter raízes em vidas passadas. O lar, muitas vezes, é o palco das mais profundas oportunidades de regeneração e perdão.

Ao lado daqueles que um dia foram inimigos, o Espírito encontra a oportunidade de transformar o ódio em amor, o rancor em solidariedade. Essa convivência, que por vezes se mostra desafiadora, é justamente o caminho mais seguro para alcançar a verdadeira fraternidade. Dessa forma, a reencarnação prova que a justiça divina está sempre aliada à misericórdia, oferecendo meios reais de reconciliação e progresso.

3. Missão de Amor e Transformação Coletiva

Alguns Espíritos reencarnam com missões coletivas, como os grandes missionários da humanidade. Allan Kardec (questão 171) aponta que Espíritos mais adiantados reencarnam voluntariamente para auxiliar o progresso dos povos. Isso se confirma com personalidades como Francisco de Assis, Buda, Gandhi e Chico Xavier.

Essas missões não se restringem a grandes líderes religiosos ou sociais. Muitas vezes, Espíritos abnegados se reencarnam em posições discretas, cumprindo tarefas silenciosas de amor, educação e cura moral. São mães, professores, cuidadores, trabalhadores humildes que irradiam exemplos de virtude e inspiram gerações. Assim, o progresso coletivo se realiza também por meio da soma de pequenas missões individuais.

A Escolha das Provas e o Livre-Arbítrio

Antes de reencarnar, o Espírito, com o auxílio de mentores espirituais, escolhe as provas pelas quais passará. Esse planejamento reencarnatório visa o crescimento, e não a punição. Contudo, ao reencarnar, o Espírito perde a lembrança de vidas passadas, pois isso seria um obstáculo ao cumprimento de sua missão.

Essa dinâmica é bem ilustrada na obra Missionários da Luz, de André Luiz (psicografada por Chico Xavier), onde vemos o processo cuidadoso de preparação de uma nova encarnação sob a supervisão de mentores e com total respeito ao livre-arbítrio do Espírito reencarnante.

O esquecimento temporário do passado garante que o Espírito tenha liberdade para agir no presente, sem ser paralisado por culpas antigas ou por lembranças dolorosas. Ao mesmo tempo, as tendências inatas — talentos, inclinações ou dificuldades — revelam indícios de experiências anteriores, permitindo ao Espírito direcionar seus esforços de melhoria com consciência e responsabilidade.

Conclusão

A reencarnação, longe de ser um castigo, é um presente divino. Permite ao Espírito recomeçar, evoluir, amar e reparar erros. Sua lógica é sustentada não só por argumentos racionais, mas por testemunhos espirituais coerentes, registrados ao longo de mais de um século de literatura espírita.

Entender a reencarnação é compreender o sentido da vida, da dor, das desigualdades e da própria existência humana. É uma chave que abre portas para uma vida mais consciente, responsável e espiritualizada.

📚 Referência Bibliográfica

  • KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questões 132, 167, 171 e 222; comentário à questão 132.

  • KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Capítulo 3, itens 7, 8, 9 e 10.

  • KARDEC, Allan. A Gênese. Capítulo 1, itens 34, 35 e 36; capítulo 11, item 33.

  • PEREIRA, Yvonne A. Memórias de um Suicida. Psicografia pela médium Yvonne do Amaral Pereira. FEB – Federação Espírita Brasileira.

  • XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. Pelo Espírito André Luiz. FEB – Federação Espírita Brasileira.


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