"Destruição Necessária e Destruição Abusiva: O Que Ensina o Espiritismo?"
A Lei da Destruição, como apresentada pela Doutrina Espírita, não se resume à ideia de sofrimento ou punição. Ela representa um dos mecanismos do progresso, atuando na renovação constante da natureza e da vida. No entanto, é fundamental compreender a diferença entre destruição necessária e destruição abusiva.
O Que Diz “O Livro dos Espíritos”
Na questão 728, Allan Kardec pergunta aos Espíritos se a destruição é uma lei da natureza. A resposta é afirmativa: “É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar”. A natureza é dinâmica, e a destruição é o meio pelo qual se dá a renovação das formas e estruturas.
No entanto, na questão 728A, os Espíritos alertam: “Deus concede ao homem a liberdade de ação, mas pune sempre os excessos.” Ou seja, quando a destruição é motivada por interesses egoístas ou gananciosos, ela se torna abusiva e contrária à Lei Divina.
Destruição Necessária: Renovação da Vida
A destruição necessária está ligada à harmonia natural. Nos ciclos ecológicos, a morte de alguns seres garante o equilíbrio de outros. As transformações da matéria, os cataclismos naturais e a extinção de elementos ultrapassados fazem parte do plano de progresso da Criação.
No capítulo 3 de A Gênese, item 2, Kardec explica que o universo está em constante transformação, e a destruição cumpre papel vital para que o novo surja. No item 24, ele afirma: “Tudo se encadeia na natureza por laços que não podeis romper.”
Destruição Abusiva: O Resultado do Egoísmo
Já a destruição abusiva decorre do uso irresponsável da liberdade humana. A devastação ambiental, a matança de animais por prazer, a guerra, a exploração indiscriminada dos recursos naturais são exemplos claros dessa prática condenável.
Na questão 735 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos ensinam que “Deus abomina toda destruição inútil.” A natureza oferece o necessário para a vida, mas o abuso traz desequilíbrios, fome, doenças e sofrimento.
No item 21 de A Gênese, é destacado que o mal não vem de Deus, mas da má utilização da inteligência pelo ser humano. O homem deve ser o guardiã da Terra, e não seu destruidor.
A Visão de Rodolfo Calligaris sobre a Lei da Destruição
No capítulo 21 do livro As Leis Morais, Rodolfo Calligaris aprofunda o conceito da Lei da Destruição, explicando que ela é necessária à renovação dos seres, mas que o homem tem a obrigação moral de preservar o que é útil e destruir apenas o que é nocivo ou ultrapassado.
Calligaris chama a atenção para o dever espiritual de viver em equilíbrio com a natureza, observando que o progresso não pode ser construído à custa da destruição insensata.
Destruição e Transição Planetária
No livro Tempo de Transição, capítulo 35, Juvanir Borges de Souza aborda a destruição como parte do processo de purificação da Terra. Nas páginas 285 a 288, ele destaca que o planeta está passando por mudanças físicas e morais profundas, e muitos dos acontecimentos dolorosos são sintomas dessa transição.
No entanto, ele alerta: “Nem tudo que é destruído contribui para o progresso.” Quando o ser humano destrói por egoísmo ou ignorância, ele atrasa sua própria evolução e agrava o sofrimento coletivo.
Conclusão: Destruir com Consciência, Preservar com Amor
A Doutrina Espírita nos convida a refletir sobre o verdadeiro papel da destruição. Quando necessária, ela é um instrumento divino de renovação. Quando abusiva, torna-se fonte de dor e desordem.
Nosso desafio como Espíritos em evolução é usar a inteligência e o livre-arbítrio com responsabilidade e respeito à criação. Preservar a vida, proteger a natureza e evitar o desperdício são atitudes que refletem maturidade espiritual e compromisso com as Leis de Deus.
Como nos ensina Kardec, “a destruição deve ser sempre um meio, jamais um fim”. Que saibamos construir, transformar e evoluir com sabedoria.
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Fonte da Pesquisa:
- O Livro dos Espíritos, Allan Kardec – Questões 728, 728A, 731, 735
- A Gênese, Allan Kardec – Capítulo 3, itens 2, 20, 21, 22 e 24
- As Leis Morais, Rodolfo Calligaris – Capítulo 21: A Lei da Destruição
- Tempo de Transição, Juvanir Borges de Souza – Capítulo 35, págs. 285-288
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