Limite do Trabalho e do Repouso na Visão Espírita
No contexto das leis morais que regem a vida espiritual e material, o Espiritismo oferece orientações claras e profundas sobre o trabalho e o repouso, baseando-se na justiça divina e na evolução do ser.
Trabalho: Dever e Instrumento de Progresso
Segundo Joanna de Ângelis, no livro Estudos Espíritas (Cap. 11), o trabalho é uma das expressões mais nobres do Espírito em evolução. Ele transcende o conceito econômico tradicional e torna-se uma ferramenta para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social do indivíduo.
O Espiritismo entende o trabalho como lei natural, sendo indispensável ao progresso. Kardec reforça essa visão em O Livro dos Espíritos, nas questões 683 e 684, ao destacar que o trabalho é uma necessidade tanto do corpo quanto do Espírito, e que o repouso também faz parte dessa mesma lei divina.
O Limite do Trabalho Segundo a Lei Natural
Em As Leis Morais, Rodolfo Calligaris dedica o capítulo 14 ao tema Limite do Trabalho, onde explica que o excesso de trabalho, sem o devido repouso, pode resultar em desequilíbrios físicos, mentais e espirituais. O repouso é essencial para a recuperação das energias e para a manutenção do bem-estar integral.
Essa visão está em consonância com a questão 684 de O Livro dos Espíritos, onde se afirma que o repouso é necessário para restaurar as forças do corpo e da mente, sendo parte integrante da própria lei do trabalho.
Exemplos Espirituais da Vida Após a Morte
No livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier pelo Espírito André Luiz, o capítulo 11, Notícias do Plano, mostra a organização da colônia espiritual onde o trabalho é valorizado como meio de elevação. No entanto, há também tempo e espaço para o descanso, respeitando o limite e as necessidades de cada Espírito.
Em Os Mensageiros, também por André Luiz (Cap. 40 - Rumo ao Campo), observa-se a disciplina com que os trabalhadores espirituais alternam momentos de ação e recolhimento, reafirmando a importância do equilíbrio entre o fazer e o ser.
Trabalho e Pensamento na Obra de Emmanuel
Em Pensamento & Vida, capítulo 7, Emmanuel afirma que o trabalho é o movimento indispensável à evolução do pensamento. O Espírito precisa agir, criar, colaborar e transformar, mas também deve saber quando parar para refletir, meditar e renovar as próprias forças.
Conclusão: Equilíbrio como Chave da Evolução
O Espiritismo ensina que o verdadeiro progresso está no equilíbrio. Trabalhar é um dever e uma bênção, mas o repouso é igualmente sagrado. Ambos se complementam e devem ser respeitados como aspectos da Lei Divina que guia a vida material e espiritual.
Assim, ao compreender os limites do trabalho e do repouso, o ser humano se aproxima da harmonia interior e da verdadeira paz que resulta do cumprimento consciente das leis naturais.
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Referências Bibliográficas
- Franco, Divaldo P. - Estudos Espíritas pelo Espírito Joanna de Ângelis, Cap. 11.
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos, questões 683 e 684.
- Calligaris, Rodolfo - As Leis Morais, Capítulo 14.
- Xavier, Francisco Cândido - Nosso Lar pelo Espírito André Luiz, Cap. 11.
- Xavier, Francisco Cândido - Os Mensageiros pelo Espírito André Luiz, Cap. 40.
- Xavier, Francisco Cândido - Pensamento & Vida pelo Espírito Emmanuel, Cap. 7.
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