Os Reinos da Natureza: Mineral, Vegetal, Animal e Hominal na Visão Espírita
A Doutrina Espírita oferece uma compreensão profunda e progressiva sobre os reinos da natureza, revelando que cada um deles representa uma etapa evolutiva do princípio inteligente rumo à plenitude da consciência. Este percurso, segundo os Espíritos Superiores e os comentários de Allan Kardec, é contínuo e orientado pelas leis divinas, sob a égide do amor e da sabedoria do Criador.
O Reino Mineral: O Ponto de Partida da Experiência
"O princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco."
(O Livro dos Espíritos, questão 540, comentário de Kardec)
O reino mineral é a primeira manifestação da matéria organizada no processo evolutivo. Embora aparentemente inerte, as formações minerais são estruturas fundamentais que servem de base para os demais reinos. Neles não há vida orgânica nem sensibilidade, mas a energia divina começa a atuar na organização da matéria.
De acordo com O Livro dos Espíritos (questões 44 e 45), os minerais são corpos formados por matéria inerte e não possuem vitalidade. No entanto, Kardec destaca que já nesse estágio o princípio espiritual começa a experimentar os primeiros contatos com a realidade física, preparando-se para as fases mais complexas da evolução.
O Reino Vegetal: O Surgimento da Vida Orgânica
“Nos vegetais há apenas vida orgânica, sem consciência de existir.”
(O Livro dos Espíritos, questão 585)
O segundo estágio da evolução espiritual se dá no reino vegetal, onde o princípio vital começa a animar a matéria. Aqui, a vida surge em sua forma mais simples, ainda sem percepção consciente, mas com processos fisiológicos e reações aos estímulos ambientais.
Os vegetais, conforme explica André Luiz em Evolução em Dois Mundos, são portadores de um sistema energético rudimentar que capta os fluidos vitais do ambiente, sendo importantes na manutenção do equilíbrio planetário. Eles marcam a transição entre a matéria inerte e os primeiros graus de sensibilidade.
O Reino Animal: A Sensação e o Princípio da Inteligência
“Os animais têm uma inteligência limitada, mas agem por instinto e também por certo grau de razão.”
(O Livro dos Espíritos, questão 597-A)
Com o reino animal, o princípio inteligente atinge um nível mais avançado de evolução, desenvolvendo a sensação, a percepção e uma forma embrionária de pensamento. Os animais possuem consciência de sua existência, embora de maneira limitada, e são capazes de desenvolver hábitos, memórias e rudimentos de raciocínio.
Segundo A Gênese (Cap. 10, item 17), há comunicação fluídica entre os animais e o ambiente espiritual, o que reforça a ideia de que os animais não são apenas autômatos instintivos, mas seres em evolução.
Allan Kardec destaca que os animais evoluem moral e intelectualmente, embora não possuam livre-arbítrio em seu sentido pleno. Seu progresso continua após a morte, conforme apontam os Espíritos na questão 600 de O Livro dos Espíritos, preparando-os para novas formas de vida em existências futuras.
O Reino Hominal: A Consciência e o Livre-Arbítrio
“No homem, a inteligência é acompanhada da consciência e da razão.”
(O Livro dos Espíritos, questão 594, comentário de Kardec)
O ápice do progresso nos reinos naturais se dá no reino hominal, em que o princípio inteligente se transforma em espírito. Aqui o ser alcança consciência de si, capacidade de discernir o bem e o mal e livre-arbítrio, tornando-se responsável por seus atos perante a Lei Divina.
O ser humano carrega, além da vida orgânica e sensibilidade, uma alma imortal dotada de razão e vontade. André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, destaca que o Espírito humano interage com os fluidos espirituais de maneira consciente, sendo um agente transformador do meio, tanto material quanto moral.
O reino hominal representa não apenas uma fase evolutiva, mas a entrada consciente no plano moral e espiritual, quando o ser se torna cocriador em plano menor, conforme as leis do progresso e do amor universal.
A Transição Entre os Reinos e o Princípio da Evolução
A passagem de um reino ao outro não ocorre por saltos bruscos, mas por transições graduais e harmônicas. Há espécies que fazem a ponte entre os reinos, como certas plantas sensíveis e animais com inteligência mais desenvolvida. Isso demonstra que a evolução é um processo contínuo, regido pela lei do progresso, uma das leis morais estudadas na Codificação Espírita.
Conclusão
A compreensão espírita dos reinos da natureza revela uma visão dinâmica, espiritualizada e profundamente consoladora da vida. Desde o mineral ao homem, tudo está em processo de crescimento e aperfeiçoamento. O Espírito, ao longo de sucessivas experiências, desenvolve suas potencialidades latentes, até atingir a plena consciência e a união com o Criador.
Essa trajetória, explicada com clareza por Allan Kardec e aprofundada por espíritos como André Luiz, mostra que não há retrocesso, mas sim avanço contínuo, confirmando a justiça, a bondade e a perfeição das Leis de Deus.
Referências Bibliográficas
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KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questões 44, 45, 47, 49, 52, 585-598, 602. Comentários de Kardec às questões 51, 585, 594 e Introdução ao Cap. 4.
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KARDEC, Allan. A Gênese. Capítulo 10, itens 11, 12, 16, 17, 26.
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XAVIER, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz. Cap. 13 - “Alma e Fluidos”, item “Vida na Espiritualidade”.
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O livro aborda a evolução do ser espiritual e do corpo físico ao longo do tempo, mostrando como o Espírito influencia a matéria e como a reencarnação contribui para o aperfeiçoamento moral e intelectual do ser humano. André Luiz faz uma ponte entre os dois planos da vida — o físico e o espiritual —, explicando temas como fluido cósmico, perispírito, corpo espiritual, genética espiritual, mediunidade, e a importância do pensamento como força criadora.
A obra se destaca por seu conteúdo científico-espiritual, oferecendo uma visão detalhada do papel da alma na construção de sua própria trajetória evolutiva, com base na lei divina do progresso.
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