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Reflexões e estudos da Doutrina Espírita, baseado nas obras de Allan Kardec
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Flagelos Destruidores à Luz do Espiritismo
Os flagelos destruidores são fenômenos naturais ou sociais de grandes proporções, que causam perdas humanas, destruição material e comoção coletiva. À luz da Doutrina Espírita, eles não representam punições divinas, mas fazem parte dos mecanismos de progresso moral e regeneração da humanidade.
O que são Flagelos Destruidores?
Segundo O Livro dos Espíritos, nas questões 737 a 744, os flagelos são eventos que, embora dolorosos, têm como finalidade provocar o progresso coletivo e individual. São instrumentos para acelerar a evolução espiritual, despertando valores como solidariedade, compaixão e fé.
Além disso, os flagelos revelam a interdependência entre os homens e a necessidade de ações conscientes. Eles evidenciam que o sofrimento não é mero acaso, mas uma oportunidade de reflexão sobre nossas escolhas e sobre a responsabilidade de cada um no bem-estar da coletividade.
No comentário de Allan Kardec à questão 741, ele afirma que os males sociais, incluindo guerras e calamidades, decorrem muitas vezes do orgulho, do egoísmo e da falta de moralização dos povos. Ou seja, há uma causa espiritual e educativa por trás desses acontecimentos.
Esse enfoque nos lembra que o progresso espiritual coletivo depende do esforço moral individual. Quando uma sociedade persiste em atitudes desordenadas ou injustas, os flagelos atuam como alertas que incentivam a transformação ética e a retomada de valores de justiça e fraternidade.
As Causas Espirituais das Calamidades
Em A Gênese, capítulo 3, itens 4 a 7, Kardec explica que os flagelos naturais fazem parte das leis da natureza, necessárias à renovação do planeta e à manutenção do equilíbrio ecológico. O Espírito não é aniquilado nesses eventos — ao contrário, ele prossegue sua jornada com mais experiências e lições.
Esses fenômenos também nos mostram a dimensão educativa da Criação: cada catástrofe ou mudança natural representa uma lição de humildade e respeito às leis divinas, lembrando que o homem deve agir em harmonia com a natureza e com os princípios universais que regem a vida.
Na Bíblia de Jerusalém vemos que Deus permite provações, como as pragas e guerras narradas no Antigo Testamento, como forma de corrigir o povo e reconduzi-lo ao caminho da justiça e da espiritualidade.
Esses relatos inspiram a compreensão de que os flagelos não visam punição, mas despertar a consciência humana. Cada prova coletiva ou individual oferece a oportunidade de transformação moral, reforçando a necessidade de introspecção, arrependimento e alinhamento com os valores divinos.
Destruição e Progresso Moral
No capítulo 21 de As Leis Morais, Rodolfo Calligaris aborda a Lei da Destruição como parte integrante da ordem divina. A destruição não é castigo, mas sim renovação e preparação para uma vida melhor. Ela elimina o velho e prepara o novo, tanto no plano físico quanto no moral.
Além disso, a destruição atua como filtro e catalisador de evolução: ao desaparecerem estruturas e práticas obsoletas, abre-se espaço para instituições, pensamentos e condutas mais alinhados à justiça, à fraternidade e à harmonia social.
No livro Temas da Vida e da Morte, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, capítulo “Flagelos e Males”, é explicado que muitos desses eventos coletivos reúnem Espíritos afins em resgates e reajustes necessários, permitindo a recomposição de débitos do passado.
Essa perspectiva evidencia que os flagelos funcionam também como instrumentos de reconciliação e equilíbrio espiritual. Através deles, indivíduos e grupos têm a chance de resgatar dívidas morais, reforçando o princípio de que cada ação incorreta produz consequências que devem ser reparadas.
Flagelos Morais: Guerras e Violência
Além dos desastres naturais, existem os flagelos morais, como guerras, violência urbana, corrupção e desigualdade social. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 5, item 6, é explicado que Deus permite o sofrimento como meio de purificação e aprendizado. O bem sempre nasce das ruínas do mal.
Esses flagelos são, muitas vezes, reflexo do desequilíbrio íntimo das sociedades. Eles funcionam como espelhos, expondo carências éticas e incentivando mudanças profundas no comportamento humano, de forma que o progresso moral se torne possível mesmo em meio a crises dolorosas.
Angel Aguarod, em Grandes e Pequenos Problemas, capítulo 6, analisa a guerra como fruto da ignorância e da ausência de espiritualidade entre os homens. Ele afirma que a paz verdadeira só virá com a transformação íntima do ser humano.
A reflexão aqui é clara: a paz externa é consequência da paz interna. Enquanto os homens não cultivarem valores de amor, tolerância e compreensão, as calamidades morais continuarão a se manifestar. Cada conflito é, portanto, um convite à reforma interior.
O Caminho da Paz
No capítulo 41 do livro Religião dos Espíritos, Emmanuel afirma que o caminho da paz começa dentro de cada um. Os flagelos, mesmo dolorosos, nos convidam à reflexão, à reforma íntima e à prática do bem coletivo. São momentos de prova e também de luz.
Essa ideia reforça que a verdadeira segurança social não depende apenas de leis ou instituições, mas da elevação moral de cada indivíduo. Ao cultivarmos virtudes como paciência, caridade e autocontrole, contribuímos para reduzir os flagelos e fomentar uma sociedade mais harmoniosa.
Por mais dolorosos que sejam, os flagelos destruidores têm um papel educativo e regenerador. Eles servem como catalisadores de mudanças espirituais e sociais, conduzindo a humanidade a novos patamares de consciência e responsabilidade.
Além disso, ao compreendermos o sentido espiritual desses eventos, desenvolvemos resiliência e capacidade de amar o próximo, aprendendo a transformar experiências adversas em oportunidades de crescimento e solidariedade.
Conclusão: Sofrimento como Caminho de Redenção
A Doutrina Espírita nos ensina que nada ocorre por acaso. Os flagelos destruidores fazem parte das leis divinas e nos oferecem oportunidades de crescimento, resignação e caridade. O verdadeiro antídoto contra eles é o progresso moral da humanidade.
Como nos lembra Kardec, “o homem já está suficientemente adiantado para compreender que é o artífice do seu próprio destino”. Cabe a nós construirmos um mundo mais justo, fraterno e pacífico, onde os flagelos se tornem cada vez mais raros.
Ao reconhecer o valor educativo do sofrimento, aprendemos que a evolução espiritual coletiva depende de cada ação ética e consciente. A transformação moral é, portanto, a chave para reduzir flagelos e fortalecer a harmonia universal.
Artigos Relacionados: Destruição Necessária e Abusiva
Referências Bibliográficas:
- Bíblia Sagrada de Jerusalém, Trad. Samuel Martins Barbosa, Ed. Paulinas, 1981, p. 1.314
- O Livro dos Espíritos, Allan Kardec – questões 737 a 744
- A Gênese, Allan Kardec – Capítulo 3, Itens 4 a 7
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 5, item 6
- As Leis Morais, Rodolfo Calligaris – Capítulo 21
- Temas da Vida e da Morte, Manoel Philomeno de Miranda – Capítulo “Flagelos e Males”
- Grandes e Pequenos Problemas, Angel Aguarod – Capítulo 6, item “Guerra e suas causas”
- Religião dos Espíritos, Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel – Capítulo 41
#Flagelos #Espiritismo #EvoluçãoEspiritual #AllanKardec #DoutrinaEspírita
Publicado por O Homem No Mundo | Compartilhe este artigo e leve esclarecimento a mais corações.
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