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Reflexões e estudos da Doutrina Espírita, baseado nas obras de Allan Kardec
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Animismo e Mediunidade: Interferência, Sintonia e Desenvolvimento
O animismo é um tema fundamental no estudo da mediunidade, pois trata da influência do próprio médium nas comunicações espirituais. De acordo com O Livro dos Médiuns, Allan Kardec esclarece que o animismo ocorre quando o médium expressa conteúdos oriundos de seu próprio subconsciente, em vez de transmitir com fidelidade as mensagens dos Espíritos desencarnados.
Isso não significa que a comunicação seja necessariamente falsa, mas indica uma interferência direta da mente do médium sobre o conteúdo mediúnico. A compreensão desse fenômeno é essencial para o aperfeiçoamento do trabalho espiritual.
O que é animismo na mediunidade?
O animismo consiste na manifestação do psiquismo do próprio médium, consciente ou inconscientemente. Essa influência pode afetar a clareza da mensagem recebida e, em alguns casos, gerar comunicações que não possuem origem espiritual, ainda que carreguem valor simbólico ou psicológico.
Como destaca Kardec (O Livro dos Médiuns, cap. XIX, item 223), “a maior parte das comunicações é mais ou menos influenciada pelo Espírito do médium”. Essa influência natural faz parte do processo mediúnico e exige discernimento por parte do grupo espiritual e do próprio médium.
Animismo é um erro mediúnico?
Não necessariamente. O animismo, quando compreendido e direcionado com responsabilidade, pode ser uma ferramenta de autoconhecimento e desenvolvimento. O importante é que o médium reconheça seus limites e estude continuamente para aprimorar sua sintonia com os Espíritos superiores.
Em Missionários da Luz, André Luiz relata o caso de um médium cuja mente, marcada por vivências anteriores, interfere na comunicação de um Espírito necessitado. A interferência anímica, nesse exemplo, não é fruto de má-fé, mas de ressonâncias subconscientes que exigem vigilância e disciplina espiritual.
Como distinguir animismo de comunicação mediúnica autêntica?
É necessário autoconhecimento e observação. A mensagem espiritual autêntica costuma apresentar profundidade, coerência moral e conteúdo superior ao conhecimento do médium. Já o conteúdo anímico tende a refletir sentimentos, crenças e experiências pessoais do intermediário.
A análise criteriosa, o estudo doutrinário e a avaliação das comunicações por parte de um grupo experiente são fundamentais para discernir a origem das mensagens.
Qual a relação entre animismo e obsessão?
Espíritos obsessores podem se aproveitar da predisposição anímica do médium para influenciar ou distorcer comunicações. No livro Mecanismos da Mediunidade, capítulo 23, André Luiz explica que a ausência de disciplina e estudo favorece esse tipo de interferência. O médium desatento pode se tornar instrumento de entidades inferiores que se ocultam por trás de suas próprias ideias e emoções.
Animismo compromete a veracidade das comunicações?
Nem sempre. O animismo pode coexistir com comunicações autênticas e não compromete, por si só, a validade da experiência mediúnica. Com estudo, vigilância e esforço moral, o médium consegue gradualmente filtrar suas próprias impressões e sintonizar com os Espíritos benevolentes.
O conhecimento do animismo, portanto, não desvaloriza a mediunidade, mas a enriquece, ao promover uma prática mais lúcida, segura e ética.
Como controlar o animismo e desenvolver a mediunidade?
A prática mediúnica segura requer:
- Estudo constante das obras de Kardec e autores clássicos;
- Vigilância emocional e autocontrole;
- Prece e elevação moral antes dos trabalhos espirituais;
- Trabalho em equipe com apoio de orientadores encarnados e desencarnados;
- Participação em reuniões regulares, disciplinadas e orientadas com base doutrinária.
Leitura complementar recomendada
Estude, reflita e compartilhe
O conhecimento sobre animismo é essencial para a prática segura da mediunidade. Se você atua em um grupo mediúnico, ou deseja compreender melhor os mecanismos da comunicação espiritual, aprofunde-se nas obras citadas e compartilhe este conteúdo com quem busca equilíbrio em sua mediunidade.
Referências bibliográficas
- ALLAN KARDEC. O Livro dos Médiuns. 61. ed. FEB, cap. XIX, item 223.
- FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER (pelo Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade. 36. ed. FEB, cap. 23.
- FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER (pelo Espírito André Luiz). Missionários da Luz. 49. ed. FEB, cap. 16.
- FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER (pelo Espírito André Luiz). No Mundo Maior. 32. ed. FEB, cap. 9.
- FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER (pelo Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade. 29. ed. FEB, cap. 22.
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