As Evocações e as Comunicações Espontâneas dos Espíritos
As evocações e as comunicações transmitidas dos Espíritos são dois meios diferentes pelos quais os seres desencarnados se manifestam no mundo dos vivos. No Livro dos Médiuns , Allan Kardec esclarece que a evocação é o ato de chamar um Espírito específico para se comunicar, enquanto a comunicação espontânea ocorre quando um Espírito se manifesta por vontade própria, sem que haja um chamado direto. Ambas as formas de contato são possíveis dentro das leis naturais que regem a mediunidade, mas cada uma possui características e especificidades específicas.
A evocação permite que os médiuns e estudiosos do Espiritismo entrem em contato com Espíritos específicos, o que possibilita diálogos objetivos, esclarecimento de dúvidas e até mesmo o reencontro com esses queridos já desencarnados. No entanto, Kardec alerta que nem sempre o Espírito evocado pode ou deseja responder, pois a sua condição no plano espiritual pode impedir a comunicação. Além disso, é fundamental que essa prática seja realizada com seriedade e respeito, evitando-se evocações fúteis ou motivadas por curiosidade, que podem atrair Espíritos zombeteiros e mistificadores.
As comunicações transmitidas são, muitas vezes, de grande valor, pois os Espíritos que se manifestam por conta própria geralmente trazem mensagens importantes para os encarnados. Essas comunicações podem ter caráter instrutivo, moralizador ou até mesmo de advertência, e frequentemente surgem como um meio de orientação espiritual. Os espíritos superiores utilizam esse recurso para transmitir ensinamentos elevados, enquanto os espíritos sofredores podem buscar ajuda e esclarecimento através da mediunidade.
No livro O Consolador , questões 368 e 369, o Espírito Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, reforçam que as evocações devem ser conduzidas com respeito e objetivo nobre, evitando-se práticas que transformem a mediunidade em mero espetáculo ou que incentivem a dependência excessiva dos encarnados em relação aos Espíritos. Ele destaca que a comunicação mediúnica deve sempre visar o bem, seja pelo auxílio aos desencarnados necessários, seja pela instrução e consolo aos encarnados.
Portanto, tanto as evocações quanto as comunicações espontâneas são meios legítimos de interação entre os dois planos da vida. No entanto, é essencial que sejam conduzidos com responsabilidade, discernimento e intenção elevada, para que cumpram a sua verdadeira finalidade: o esclarecimento, a caridade e a evolução espiritual de todos os envolvidos.
Fonte da Pesquisa: O Livro dos Médiuns capítulo 17, item 203, capítulo 25, item 269, O Consolador questões 368 e 369.
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