Natureza das Comunicações Mediúnicas
A natureza das comunicações mediúnicas varia conforme a elevação moral e intelectual dos Espíritos que as transmitem, bem como da capacidade e predisposição do médium que as recebe. Essas comunicações podem se apresentar de formas distintas, desde mensagens elevadas e instrutivas até manifestações frívolas ou enganosas. Em sua literatura, Kardec destaca a importância do discernimento na análise dessas comunicações, pois nem todas são genuínas ou possuem valor moral e filosófico.
No Livro dos Médiuns Kardec classifica as comunicações mediúnicas em três categorias principais: frívolas, instrutivas e grosseiras. As frívolas são descrições por mensagens levianas, superficiais ou brincalhonas, sem conteúdo significativo. As instrutivas, por outro lado, são oriundas de Espíritos elevados e trazem ensinamentos profundos, cursos ao progresso moral e intelectual da humanidade. Já as grosseiras, provenientes de Espíritos inferiores, podem ser marcadas por linguagem rude, ideias perturbadoras e até mesmo mentiras destinadas a enganar os incautos.
Kardec enfatiza a necessidade de se analisar cuidadosamente o teor das comunicações, verificando sua coerência, lógica e caráter moral. Ele adverte que os Espíritos inferiores podem se passar por entidades elevadas para divulgar erros, motivo pelo qual é fundamental que os médiuns e estudiosos tenham benefícios na facilidades das mensagens.
A mente do médium pode interferir na transmissão da mensagem, seja pela sua própria bagagem intelectual, seja por suas tendências pessoais, seja que meio que está inserido. Isso reforça a importância do estudo, do autoconhecimento e da sintonia moral do médium para que ele sirva como um instrumento fiel às mensagens dos Espíritos superiores.
Diante dessas considerações, percebe-se que a comunicação mediúnica não é uniforme e exige análise criteriosa. A seriedade do meio, a intenção do Espírito comunicante e a qualidade moral da mensagem são fatores determinantes para que se possa distinguir entre comunicações autênticas e enganosas.
Assim, o Espiritismo nos orienta a buscar sempre a verdade, utilizando a razão e o bom senso como orientações na interpretação das manifestações espirituais.
Fonte da Pesquisa: O Que é o Espiritismo de Allan Kardec, capítulo 2, item 35, 36, 37, 38, 43,44, Livro dos Médiuns, capítulo 10, item 133, 134, 135, 136, 137 e capítulo 24, itens 263, 267, capítulo 29 item 327.
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