A Influência Moral do Médium e do Meio nas Comunicações
A influência moral do meio e do ambiente onde ocorrem as comunicações científicas é um fator determinante na qualidade das mensagens recebidas. No Livro dos Médiuns , Allan Kardec enfatiza que a sintonia entre o meio e os Espíritos comunicantes ocorre de acordo com a elevação moral e mental de ambos. Dessa forma, a predisposição íntima do meio e a atmosfera psíquica do meio exercem papel essencial na transmissão e no teor das manifestações.
No capítulo 19, item 223, Kardec explica que os Espíritos se comunicam conforme suas camadas internas com os médiuns, que atuam como canais receptivos de mensagens. Quando o meio possui valores elevados, sua vibração atrai Espíritos superiores, enquanto aqueles de moralidade duvidosa podem servir de instrumento para Espíritos inferiores, que se encontram nele superficialmente para suas influências. Isso também se aplica ao ambiente onde a mediunidade é exercida: se o meio é pautado pela seriedade e pelo propósito de aprendizado e edificação, a comunicação será mais elevada; porém, se há leviandade, interesses egoístas ou falta de respeito, Espíritos zombeteiros ou mistificadores podem se manifestar.
Espíritos superiores não se comunicam em ambientes desordenados ou por meio de médiuns pensamentos estão impregnados de materialismo, orgulho ou egoísmo. Mesmo que um médium tenha uma faculdade ostensiva, sem uma conduta moral elevada, ele será incapaz de estabelecer contato com Espíritos nobres de forma contínua. Os Espíritos também observam o comportamento das pessoas envolvidas nas reuniões mediúnicas, escolhendo locais onde há harmonia e intenção sincera de aprendizado e ajuda ao próximo.
A prece e a elevação dos sentimentos fortalecem o meio e o ambiente, criando um campo vibratório propício para comunicações de ordem superior. A sintonia espiritual é, portanto, um processo ativo, no qual a vigilância e o esforço moral de todos os participantes influenciam diretamente a natureza das comunicações recebidas.
Em Nos Domínios da Mediunidade , André Luiz aprofunda essa análise, mostrando que médiuns despreparados ou moralmente comprometidos tornam-se facilmente influenciáveis por Espíritos inferiores. No capítulo 6, ele narra casos em que a vaidade e o personalismo do meio comprometem a comunicação, permitindo que entidades mistificadoras aproveitem a situação. Já no capítulo 8, ele apresenta exemplos de meios que, ao manterem um padrão moral elevado, fornecem as melhores comunicações e oferecem um serviço médico mais digno e confiável.
Sendo assim, concluímos que as vibrações emocionais do meio afetam diretamente a qualidade do fenômeno mediúnico. A condição emocional e mental influencia a natureza das manifestações espirituais ao redor do médium, demonstrando que a mente do médium não é um elemento passivo, mas sim um fator determinante para a sintonia estabelecida.
Diante dessas reflexões, fica evidente que a mediunidade não é apenas uma questão de exigir, mas também de responsabilidade moral. O médium deve buscar constantemente o aprimoramento ético e espiritual para que suas comunicações sejam mais elevadas, e o meio onde a mediunidade é praticada deve estar em sintonia com valores de respeito, estudo e seriedade. Só assim é possível estabelecer um contato legítimo com os Espíritos superiores, garantindo que a mediunidade cumpra a sua função de esclarecimento e auxílio à humanidade.
Fonte da Pesquisa: O Livro dos Médiuns, capítulo 19, item 223, perguntas 7 e 8, capítulo 20, item 226, pergunta 1, item 227.228.230, capítulo 21 item 231, pergunta 1, 2, 3, item 232 e 233, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 28, item 9, Livro Nos Domínios da Mediunidade de Chico Xavier pelo Espírito André Luiz, capítulo 6 e 8 e capítulo 28, Livro No País das Sombras das Sombras, capítulo 21 de Elisabeth D'Esperance.
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