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Reflexões e estudos da Doutrina Espírita, baseado nas obras de Allan Kardec
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Obsessão espiritual e transtornos mentais
- Obsessão simples: quando o Espírito age com certa insistência, mas sem domínio pleno do pensamento do encarnado.
- Fascinação: o obsessor domina intelectualmente a vítima, iludindo-a a ponto de impedi-la de perceber a obsessão.
- Subjugação: domínio total, com comprometimento do livre-arbítrio e até do controle motor e fisiológico.
- Sintomas que surgem após contato com práticas ocultistas ou pessoas desequilibradas;
- Vozes e pensamentos persecutórios que instigam o suicídio ou a maldade;
- Crises que ocorrem durante preces ou ao entrar em ambientes espirituais saudáveis;
- Alterações de personalidade associadas a presença mediúnica ou fluídica;
- Recusa obsessiva de assistência espiritual e raiva ao ouvir temas elevados.
- Evangelho no Lar: cria uma barreira de luz no ambiente doméstico, dificultando a atuação de obsessores.
- Passes e fluidoterapia: aplicados com regularidade em centros espíritas sérios, promovem reequilíbrio perispiritual.
- Desobsessão mediúnica: sessões com médiuns preparados, onde os Espíritos obsessores são esclarecidos e encaminhados.
- Reforma íntima: fundamental para romper a sintonia com Espíritos inferiores. Isso inclui perdão, mudança de hábitos, vigilância dos pensamentos e cultivo de valores cristãos.
- Atendimento psicológico: importante para compreender gatilhos emocionais, traumas e criar ferramentas de enfrentamento mental.
- Kardec, Allan – O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese
- André Luiz – No Mundo Maior, Libertação, Mecanismos da Mediunidade (Chico Xavier)
- Manoel Philomeno de Miranda – Nas Fronteiras da Loucura, Grilhões Partidos (Divaldo Franco)
- Miramez e João Nunes Maia – Horizontes da Mente
- Harold Koenig – Handbook of Religion and Health, Oxford Press
- Andrew Newberg – How God Changes Your Brain
- Revista Espírita – diversos artigos sobre obsessão e saúde psíquica
Interferências espirituais na saúde psíquica à luz do Espiritismo
Atualizado em: 14 de julho de 2025
Uma análise doutrinária e científica sobre a influência obsessiva dos Espíritos na mente humana e seus reflexos na saúde mental.
1. Introdução
O sofrimento mental é, hoje, uma das maiores dores da humanidade. Ansiedade, depressão, transtornos psicóticos e suicídio crescem de forma alarmante. Mas será que todo transtorno psíquico tem origem puramente fisiológica ou emocional? O Espiritismo, por meio das revelações dos Espíritos Superiores e da observação mediúnica criteriosa, afirma que muitos distúrbios mentais possuem origem espiritual — especialmente por processos obsessivos.
Este artigo propõe uma análise séria e profunda sobre a obsessão espiritual e sua interferência na saúde mental, à luz da codificação kardequiana, das obras subsidiárias (como as de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda), e da interface com estudos científicos contemporâneos.
2. O que é obsessão espiritual?
Allan Kardec define obsessão como a "ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo". (O Livro dos Médiuns, cap. XXIII). Não se trata de possessão demoníaca — conceito abandonado pelo Espiritismo —, mas de uma influência espiritual patológica, baseada em sintonia vibratória e laços mentais mal resolvidos.
Há uma gradação no processo obsessivo:
Essas influências não surgem sem causa. Como ensinou Emmanuel: “A obsessão não nasce por acaso. É quase sempre um reencontro doloroso entre credores e devedores.”
3. Relação entre obsessão e transtornos mentais
As obsessões prolongadas podem provocar desequilíbrios profundos no perispírito e, por consequência, no corpo físico e na mente. André Luiz, em No Mundo Maior, relata casos de Espíritos que acompanham os encarnados por décadas, gerando quadros semelhantes a esquizofrenia, transtornos de pânico, depressões crônicas e até alucinações.
Em Libertação, é descrita uma obsessão complexa em que um grupo de Espíritos se dedica a minar as forças psíquicas de uma mulher, interferindo diretamente na bioquímica cerebral através de ligações fluídicas com o centro genésico e o centro cerebral. Esses casos revelam que há uma atuação obsessiva que extrapola o campo da sugestão moral, atingindo estruturas neuropsíquicas.
Manoel Philomeno de Miranda, em Nas Fronteiras da Loucura, aborda experiências em hospitais psiquiátricos onde Espíritos desencarnados permanecem ao lado dos pacientes, alimentando-lhes a loucura ou impedindo a recuperação. Em muitos desses casos, os médicos não compreendem a origem da perturbação, pois ela transcende os exames clínicos.
4. Contribuições da ciência moderna
A neurociência vem reconhecendo o impacto da espiritualidade na saúde mental. O psiquiatra Harold Koenig, da Universidade Duke (EUA), liderou estudos que mostram que pessoas com práticas espirituais regulares têm menores taxas de depressão, suicídio e transtornos por uso de substâncias.
Na área da neuroteologia, cientistas como Andrew Newberg estudam o cérebro de pessoas em oração e meditação, revelando alterações benéficas nas áreas responsáveis por atenção, autorregulação e empatia — sugerindo que práticas espirituais genuínas fortalecem a saúde mental.
Embora a medicina ainda não reconheça a obsessão como causa direta de doenças mentais, há crescente aceitação da chamada psiquiatria transpessoal, que admite que certos quadros psíquicos podem envolver componentes espirituais.
5. Diagnóstico diferencial: quando é obsessão?
O Espiritismo orienta prudência. Nem toda perturbação mental é obsessão, e nem toda obsessão se manifesta por sintomas clínicos evidentes. O diagnóstico deve ser feito com critério, através da análise moral, do histórico espiritual do paciente (revelado por médiuns confiáveis), e da persistência dos sintomas mesmo após tratamentos médicos convencionais.
Indicadores de possível obsessão incluem:
6. Tratamento espírita e integração com a medicina
O tratamento espiritual deve ser integrado ao tratamento médico-psicológico. O Espiritismo não substitui a medicina — complementa-a. As principais recomendações incluem:
Como ensina Miramez em Horizontes da Mente: “A obsessão é uma simbiose espiritual negativa, e só o amor pode romper esse vínculo doloroso.”
7. Conclusão
A obsessão espiritual é uma realidade séria e complexa. Ela exige conhecimento, vigilância e tratamento integrado. Estudiosos da Doutrina devem compreender suas causas profundas, analisar os sintomas com lucidez e agir com caridade tanto com o obsidiado quanto com o Espírito obsessor.
O Espiritismo não apenas explica a influência dos Espíritos sobre a mente humana — ele propõe o caminho da libertação, através do autoconhecimento, da oração, da ação no bem e da fé raciocinada.
8. Bibliografia
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