Estado Natural e Marcha do Progresso
O ser humano, ao longo de sua jornada evolutiva, não permanece fixo em um estado primitivo. Segundo O Livro dos Espíritos, nas questões 776 a 785, o homem nunca regride, mas avança constantemente, impulsionado pelas leis divinas que regem o progresso da humanidade.
O estado natural não deve ser confundido com o primitivismo absoluto. Embora os primeiros homens vivessem em condições rudimentares, sem grandes conhecimentos científicos ou morais, ainda assim estavam sujeitos à lei do progresso. Deus não cria o ser humano para permanecer indefinidamente nesse estado inicial; ao contrário, a evolução é um propósito divino que leva cada Espírito a aprimorar-se gradativamente.
A marcha do progresso ocorre em duas direções: material e moral. O progresso material é mais rápido e visível, manifestando-se através da ciência, tecnologia e organização social. No entanto, o verdadeiro progresso é o moral, pois ele é que define o nível real de civilização de um povo. Uma sociedade pode alcançar grande desenvolvimento material e, ainda assim, estar moralmente atrasada se persistirem entre seus membros o egoísmo, a violência e a injustiça.
A resistência ao progresso pode atrasar o desenvolvimento de uma nação, mas nunca impedi-lo definitivamente. Há Espíritos que, por orgulho e apego às tradições, se opõem às mudanças, mas as gerações sucessivas trazem Espíritos mais preparados para promover a renovação. A lei do progresso age de maneira irresistível, impulsionando a humanidade a superar seus próprios limites.
O Espiritismo vem esclarecer que cada ser humano é responsável pelo seu próprio crescimento, mas também pelo avanço da coletividade. À medida que os indivíduos se educam espiritualmente, toda a sociedade se beneficia, tornando-se mais justa, pacífica e fraterna. Esse é o verdadeiro sentido da marcha do progresso: um caminho contínuo rumo à perfeição, sob a orientação das leis divinas.
Fonte do estudo: O Livro dos Espíritos, questões 776 a 785.
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