O Bem & o Mal Sofrer

 


No capítulo 5, item 18 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec nos apresenta um ensinamento essencial sobre a forma como enfrentamos as dores e dificuldades da vida. O sofrimento, inevitável na jornada humana, pode ser vivido de duas maneiras: com resignação e compreensão dos desígnios divinos (o bem sofrer) ou com revolta e desespero (o mal sofrer).

O Sofrimento como Prova e Expiação

O espiritismo nos ensina que as aflições da vida podem ter diferentes origens. Algumas são provas, destinadas a fortalecer o Espírito e levá-lo ao progresso moral. Outras são expiações, ou seja, consequências de erros cometidos em vidas passadas, permitindo a reparação dos equívocos do passado. Em ambos os casos, o sofrimento não é uma punição arbitrária, mas um instrumento de aprendizado e crescimento.

O Bem Sofrer

Aquele que compreende que o sofrimento tem um propósito superior aceita suas dificuldades com paciência e confiança em Deus. Isso não significa passividade ou conformismo, mas sim a certeza de que cada dor é uma oportunidade de evolução. O Espírito que sofre bem busca aprender com as dificuldades, mantendo a fé e a esperança, pois sabe que tudo tem um tempo e que, após a tempestade, virá a bonança.

O Mal Sofrer

Por outro lado, o indivíduo que se desespera diante das adversidades, que blasfema, se revolta e se vitimiza, perde a oportunidade de crescimento que a dor poderia proporcionar. O sofrimento mal vivido torna-se ainda mais penoso, pois a resistência gera angústia e desespero. Em vez de buscar entender a lição, o Espírito endurece seu coração, adiando seu progresso e, muitas vezes, atraindo novos sofrimentos pela sua atitude negativa.

A Recompensa da Resignação

Jesus nos ensinou que os que sofrem com paciência e confiança serão consolados. A resignação diante das dificuldades demonstra compreensão da justiça divina e fortalece o Espírito para futuras conquistas. Cada prova bem suportada aproxima a alma da verdadeira felicidade, que é a paz interior e a libertação dos ciclos de dor.

A diferença entre o bem e o mal sofrer está na forma como lidamos com os desafios da vida. Aquele que entende o sofrimento como um meio de evolução o aceita com fé, coragem e resignação, enquanto aquele que se revolta se afunda ainda mais no desespero e na dor. O espiritismo nos convida a ver nas dificuldades uma oportunidade de crescimento, confiando que a Justiça Divina jamais impõe fardos maiores do que podemos suportar.

Fonte de estudo: O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 5, item 18

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